Ex-procurador Rodrigo Janot declara apoio a Fernando Haddad
Do UOL, no RIo
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MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot declarou na noite deste sábado (27), véspera do segundo turno das eleições, que vai votar "por exclusão" no presidenciável Fernando Haddad (PT). Ele comandou o Ministério Público Federal entre 2013 e 2017, durante a ascensão da Operação Lava Jato.
No tuíte, ele não citou nominalmente o adversário de Haddad, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), mas criticou o que classificou de "discurso de intolerância" do candidato.
Já fui chamado de petista e antipetista. Já fui psdebista e anti tbem. Houve muita especulação sobre meu interesse eleitoreiro na minha atuação profissional. Nada se comprovou. Agora, não posso deixar passar barato discurso de intolerância e etc. Por exclusão, voto em Hadad.
— Rodrigo Janot (@Rodrigo_Janot) October 27, 2018
"Já fui chamado de petista e antipetista. Já fui psdebista e anti tbem. Houve muita especulação sobre meu interesse eleitoreiro na minha atuação profissional. Nada se comprovou. Agora, não posso deixar passar barato discurso de intolerância e etc. Por exclusão, voto em Hadad", escreveu, errando a grafia do petista.
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A manifestação ocorre horas depois que o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, que foi relator do mensalão na Corte, também declarou que vai votar em Haddad contra Bolsonaro.
Como procurador-geral, o próprio Janot chegou a atuar no caso do mensalão, cujo julgamento foi concluído no fim de 2012, na fase de execução das sentenças. Ele substituiu o titular do processo, Roberto Gurgel.
Cai a vantagem de Bolsonaro, dizem pesquisas
Neste sábado, véspera do segundo turno das eleições presidenciais, as pesquisas Datafolha e Ibope trazem o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) na liderança, mas os números indicam que diminuiu a diferença sobre Fernando Haddad (PT) na reta final da campanha.
Segundo o Datafolha, Bolsonaro tem 55% das intenções de votos válidos, contra 45% de Haddad. Segundo o instituto, a diferença entre os dois caiu de 18 para 10 pontos percentuais em nove dias.
Já o Ibope diz que Bolsonaro tem 54%, contra 46% de Haddad. O instituto estima que a diferença caiu de 14 para 8 pontos percentuais em quatro dias.
A margem de erro das pesquisas é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, nas duas pesquisas. São considerados votos válidos aqueles que excluem brancos e nulos, ou seja, os que necessariamente são declarados a favor de uma candidatura.