Doria é chamado de 'mentiroso' durante convenção do Solidariedade em SP
Francisco Carlos de Assis
Em São Paulo
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Marcelo Chello/CJPress/Estadão Conteúdo
Paulinho da Força e o governador paulista criticaram o pré-candidato tucano
Durante a Convenção Estadual do Solidariedade na manhã deste domingo (22), na capital paulista, o ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do Estado João Doria (PSDB) foi o alvo principal dos ataques dos candidatos a deputado e do governador Márcio França (PSB), candidato à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes. Doria foi chamado de mentiroso pelo presidente nacional do Partido Solidariedade e deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.
Paulinho, sem citar diretamente o nome do ex-prefeito, disse durante seu discurso que "vamos enfrentar uma pessoa que saiu de São Paulo, da Prefeitura depois de prometer cumprir todo o mandato".
"Ele mentiu para a população mais pobre. Temos vídeo dele na (favela) Paraisópolis fazendo promessas à comunidade. Nunca mais voltou lá. Vamos distribuir este vídeo para todos vocês", disse o deputado aos convidados que encheram o auditório que leva o seu nome no Palácio dos Trabalhadores.
O governador Márcio França seguiu a mesma linha de Paulinho, embora tenha sido menos pontiagudo nas palavras. "Nós que somos pais, ensinamos nossos filhos que não se deve mentir. Nós demos a oportunidade para que essa pessoa mudasse a cidade e ela não quis, desprezou", disse o governador.
Márcio França voltou a falar que, se reeleito, vai trabalhar para melhorar a qualidade da educação e da saúde e reiterou sua ideia de abolir o vestibular para estudantes da rede pública que tiverem boas notas para entrar nas universidades públicas.
Apoio
O Solidariedade, partido político ligado à Força Sindical, oficializou suas candidaturas a deputados federais e estaduais neste domingo, além de confirmar o apoio à candidatura do governador de São Paulo, Márcio França (PSB).
França, como ex-vice governador de São Paulo, tende a apoiar seu antecessor Geraldo Alckmin (PSDB), embora o tucano, por uma questão partidária, terá que professar apoio a João Doria e não deverá subir em seu palanque em São Paulo.
No próprio PSB, França vive uma situação inusitada porque seu partido está inclinado a apoiar o pedetista Ciro Gomes na corrida presidencial.
Situação também inusitada vive o ex-ministro do Esporte e Trabalho, Aldo Rebelo, que mantém a sua candidatura ao Palácio do Planalto pelo Solidariedade. Isso porque seu partido, como parte do Centrão, pode fechar apoio à candidatura Geraldo Alckmin.