Ciro suspende trégua e reafirma críticas a Bolsonaro

Mateus Fagundes

Mauá

  • Marcelo Chello/Folhapress

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, criticou na manhã desta segunda-feira (10) o concorrente do PSL, Jair Bolsonaro, durante agenda pública em Mauá, município da região metropolitana de São Paulo. O tom de Ciro representa uma pausa na trégua que os concorrentes ao Planalto haviam dado a Bolsonaro, que foi vítima de uma facada na quinta-feira (6) em Juiz de Fora (MG).

Classificando o ataque a Bolsonaro como inadmissível, Ciro considerou que os posicionamentos do adversário são estimulantes à violência. "Ele representa um risco grave à população", afirmou. "Não concordo com nada que ele pensa, nada do que ele fala. Depois do ataque, suspendi as atividades da minha campanha. Mas agora é bola para frente."

Na noite deste domingo (9), após o debate Estadão/TV Gazeta/Jovem Pan, Ciro já havia criticado Bolsonaro. Segundo ele, o candidato do PSL foi ferido na barriga, mas não mudou nada na cabeça.

Ciro também buscou minimizar o efeito eleitoral do crime contra Bolsonaro. O pedetista afirmou que a população se uniu a ele em solidariedade humana e que isso pode representar "uma pequena fração de aumento na intenção de votos".

Sobre declarações de assessores de Bolsonaro, que falam da possibilidade de o ex-capitão vencer no primeiro turno, Ciro Gomes disse que, na avaliação dele, "não há a menor chance". "Em uma, duas semanas ele estará bem, e o debate volta ao seu leito normal", disse.

Ciro não crê em perda de votos para Haddad

Ciro Gomes também disse na manhã de hoje que não crê que vá perder votos para Fernando Haddad, que deve ser oficializado concorrente do PT ao Planalto nos próximos dias. "Eu acho que estou demonstrando ao povo brasileiro que eu interpreto o melhor projeto para o Brasil", afirmou, evitando citar o nome de Haddad.

Ciro também disse que não deve haver surpresa da população brasileira diante da provável substituição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Haddad. Ele voltou a criticar o PT. "O povo já está ligado nisso há uns 10, 15 dias. A nossa posição na política é a de encerrar essa crônica de confrontação radicalizada, que infelizmente o PT também colaborou para acontecer", disse.

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