Grampo atribuído à Abin gera disputa dentro do próprio governo, diz deputado
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara dos Deputados, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), disse hoje (22) que há uma disputa dentro do próprio governo sobre o grampo atribuído à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no telefone do gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
"O que está claro é uma disputa dentro do próprio poder. Ou seja, o próprio governo está criando uma briga entre membros do governo em função de equipamentos [rastreadores de grampos] em que um diz que tem e outro diz que a Abin não tem", afirmou durante entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional.
O deputado se refere ao caso das maletas compradas pela Abin, por meio do Exército, com identificadores de escutas telefônicas. Durante depoimento à CPI, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que os equipamentos da agência podem fazer escutas, já o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República - órgão ao qual a Abin é vinculada -, general Jorge Armando Felix, informou que o aparelho não é capaz de fazer tal procedimento.
O caso do grampo surgiu por meio de denúncia veiculada na imprensa de que a Abin teria grampeado o telefone do gabinete do presidente do STF e gravado uma conversa entre Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), por meio de um grampo ilegal.
Itagiba também disse que há uma banalização das escutas telefônicas, que eram usadas para apenas para "prisões em flagrante relacionadas ao tráfico de drogas e crimes de corrupção". "Ao invés de se investigar para obter a interceptação telefônica, que é o que a lei estabelece, começou a se fazer primeiro as interceptações para depois se investigar."
A CPI das Escutas Telefônicas vai ouvir o agente aposentado do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio na quarta-feira (24). Ele é suspeito de ser um dos responsáveis pelo grampo que gravou a conversa de Mendes e Demóstenes Torres. No mesmo dia a CPI ouve também o general Felix.
"O que está claro é uma disputa dentro do próprio poder. Ou seja, o próprio governo está criando uma briga entre membros do governo em função de equipamentos [rastreadores de grampos] em que um diz que tem e outro diz que a Abin não tem", afirmou durante entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional.
O deputado se refere ao caso das maletas compradas pela Abin, por meio do Exército, com identificadores de escutas telefônicas. Durante depoimento à CPI, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que os equipamentos da agência podem fazer escutas, já o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República - órgão ao qual a Abin é vinculada -, general Jorge Armando Felix, informou que o aparelho não é capaz de fazer tal procedimento.
O caso do grampo surgiu por meio de denúncia veiculada na imprensa de que a Abin teria grampeado o telefone do gabinete do presidente do STF e gravado uma conversa entre Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), por meio de um grampo ilegal.
Itagiba também disse que há uma banalização das escutas telefônicas, que eram usadas para apenas para "prisões em flagrante relacionadas ao tráfico de drogas e crimes de corrupção". "Ao invés de se investigar para obter a interceptação telefônica, que é o que a lei estabelece, começou a se fazer primeiro as interceptações para depois se investigar."
A CPI das Escutas Telefônicas vai ouvir o agente aposentado do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio na quarta-feira (24). Ele é suspeito de ser um dos responsáveis pelo grampo que gravou a conversa de Mendes e Demóstenes Torres. No mesmo dia a CPI ouve também o general Felix.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.