Brasil vira 'observador' em sistema de integração da América Central
O Brasil pretende, a partir de agora, estreitar relações com os países da América Central, com o objetivo de aumentar as exportações, trocar tecnologia e estabelecer uma agenda social comum. Na manhã de hoje (7), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, formalizou a entrada do Brasil, como observador, no Sica (Sistema de Integração Centro-América), bloco da América Central equivalente ao Mercosul.
De acordo com o chanceler, o acordo ampliará parcerias com os oito países do bloco. A idéia é aumentar as exportações, atualmente em torno de US$ 2 bilhões, incentivar a instalação de empresas brasileiras na região, com acesso a linhas de crédito por meio do banco de fomento da América Central, trocar tecnologia na área de biocombustíveis e ações de combate à fome e à pobreza.
"Estamos tratando um acordo entre o Mercosul e o Sica, que é algo importante, já há projetos empresariais e de cooperação técnica na área de etanol - sei de um acordo em El Salvador, com certeza - e temos empresas têxteis e de construção civil querendo se estabelecer lá para ter acesso mais fácil ao mercado norte-americano", exemplificou Amorim.
Sobre o acesso às linhas de crédito do banco da região, o ministro disse que o Brasil entra "até um pouco atrasado" no negócio, do qual já participam México e Argentina. "Participando do banco, existe a possibilidade, de além do financiamento direto, acessar os próprios mecanismos do banco para financiar a maior participação de empresas brasileiras na América Central."
Ainda de acordo com Amorim, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) também deve ajudar na área de produção de alimentos, nos moldes da parceria que tem com a África e com a Venezuela e, em breve, instalará um escritório na região. "Eles estão realizando uma missão agora justamente para ver qual país tem melhores condições, mas será para o conjunto da América Central", informou.
O secretário-geral do Sica, Aníbal Quiñones, destacou que a entrada do Brasil no bloco facilitará o diálogo empresarial e político entre os países e, no caso de crises, poderá servir como um espaço de negociações.
No último sábado (4), por exemplo, o presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou nacionalizar um campo da Petrobras. Anteriormente, outra empresa brasileira teve problemas naquele país.
"Sendo o Brasil um país importante do ponto de vista da economia mundial, assume uma liderança com a qual nos faz ter grande esperança", disse Quiñones, em entrevista. "Em termos gerais, para nós, marca uma clara vocação do Brasil no sentido de respaldar o desenvolvimento dos países da América Latina e, em termos especiais, a vocação em relação aos países da América Central".
Além do Brasil, fazem parte do Sica como países observadores México, Chile e Alemanha.
De acordo com o chanceler, o acordo ampliará parcerias com os oito países do bloco. A idéia é aumentar as exportações, atualmente em torno de US$ 2 bilhões, incentivar a instalação de empresas brasileiras na região, com acesso a linhas de crédito por meio do banco de fomento da América Central, trocar tecnologia na área de biocombustíveis e ações de combate à fome e à pobreza.
Amorim defende ampliação de comércio com América Latina para conter crise
O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim defendeu hoje (7) a ampliação do comércio do Brasil com a América Latina e com o Caribe como forma de diminuir os efeitos da crise financeira mundial. De acordo com Amorim, nenhum país vai conseguir se "blindar" contra a crise econômica, mas pode minimizar o impacto dos problemas. Para isso, no caso brasileiro, ele sugere a expansão do mercado interno e das relações comerciais, principalmente, com a América Central, por exemplo.
Sobre o acesso às linhas de crédito do banco da região, o ministro disse que o Brasil entra "até um pouco atrasado" no negócio, do qual já participam México e Argentina. "Participando do banco, existe a possibilidade, de além do financiamento direto, acessar os próprios mecanismos do banco para financiar a maior participação de empresas brasileiras na América Central."
Ainda de acordo com Amorim, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) também deve ajudar na área de produção de alimentos, nos moldes da parceria que tem com a África e com a Venezuela e, em breve, instalará um escritório na região. "Eles estão realizando uma missão agora justamente para ver qual país tem melhores condições, mas será para o conjunto da América Central", informou.
O secretário-geral do Sica, Aníbal Quiñones, destacou que a entrada do Brasil no bloco facilitará o diálogo empresarial e político entre os países e, no caso de crises, poderá servir como um espaço de negociações.
No último sábado (4), por exemplo, o presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou nacionalizar um campo da Petrobras. Anteriormente, outra empresa brasileira teve problemas naquele país.
"Sendo o Brasil um país importante do ponto de vista da economia mundial, assume uma liderança com a qual nos faz ter grande esperança", disse Quiñones, em entrevista. "Em termos gerais, para nós, marca uma clara vocação do Brasil no sentido de respaldar o desenvolvimento dos países da América Latina e, em termos especiais, a vocação em relação aos países da América Central".
Além do Brasil, fazem parte do Sica como países observadores México, Chile e Alemanha.
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