De olho em 2010, Serra reúne prefeitos para anunciar investimento em estradas e parodia Lula
Possível candidato do PSDB às eleições presidenciais de 2010, o governador de São Paulo, José Serra, anunciou nesta sexta-feira (31) investimento de R$ 1,15 bilhão na recuperação de rodovias no Estado em clima eleitoral.
Em evento no Palácio dos Bandeirantes, Serra, na presença de prefeitos dos municípios beneficiados pelo programa, garantiu que não haverá cortes no orçamento por conta da crise financeira mundial.
Para o anúncio do investimento, que prevê obras nos acessos de 686,8 km de estradas não-privatizadas e a manutenção de trechos pelo governo do Estado, foram convidados os prefeitos de 240 municípios beneficiados, ainda que a liberação dos recursos não exija a assinatura de convênio com as cidades. "Eu costumo ir de lugar em lugar, mas, em um programa desse tamanho, seria praticamente impossível", justificou Serra.
Durante o discurso, o governador classificou o ato de "reunião", mas fez questão de afirmar que a atual gestão "governa para todos" e lamentou o fato de o encontro não poder ter sido feito no andar de cima do auditório, onde todos estariam "mais próximos".
Ao comentar o programa de obras nos acessos, ligações entre vias principais, Serra afirmou que a iniciativa foi uma idéia sua e arrancou reação da platéia ao defender que está investindo em toda a rede. "Nunca se fez isso antes nesse Estado, para aproveitar uma frase já bastante citada", afirmou o governador, referindo-se, sem fazer a citação direta, ao conhecido jargão de Lula: "Nunca antes na história deste país".
A 177 municípios serão destinados R$ 265,9 milhões para estas obras e, a outras 63 cidades, deverão ser aplicados R$ 872,5 milhões, em um total de 1.365 quilômetros. Segundo o secretário de Estado dos Transportes de São Paulo, Mauro Arce, não deverá haver aumento de pedágio.
"Não interessa a cor partidária. Estamos fazendo tudo, é assim que se deve governar. Não trocamos favores partidários", afirmou Serra, que ainda se dirigiu aos prefeitos eleitos presentes ao ato. "Aqui não há troca-troca político. Todos serão tratados iguais."
Pouco antes, em entrevista, o líder do governo na Assembléia Legislativa paulista, Barros Munhoz, negou a intenção política do encontro. "Aqui há prefeitos de todos os partidos. É um estilo de governo do Serra. Ele é municipalista. Nunca houve tantos convênios em São Paulo", afirmou. Em seguida, questionado sobre não haver necessidade de convênio nesse caso, completou: "É importante divulgar, para mostrar o que está sendo feito".
Ao subir ao palco para comentar o investimento, porém, o discurso mudou: "A vida é um embate que só os fracos abate", conclamou Munhoz, chamando Serra de "estadista". "Aqui só tem prefeitos fortes que haverão de levar juntos São Paulo para frente e o Brasil para frente."
Arraste o mouse e veja onde serão feitos os investimentosCrise econômica e Operação Parasitas
Serra afirmou ainda que não deve haver corte no orçamento em 2009 como conseqüência da crise econômica mundial. "Nós estamos preparados para enfrentar as conseqüências da crise e não vamos reduzir investimentos. Temos um padrão de austeridade. O orçamento já foi enviado austero. Estamos atuando com critério, de maneira preventiva. Não fiquem aflitos", pediu.
Em seguida, ao ser questionado sobre se o orçamento austero seria admitir a chegada da crise, Serra completou: "Que tem uma crise, tem, inclusive em São Paulo. O que estou dizendo é o óbvio ululante".
Ainda segundo o governador, um dos "remédios" do governo para garantir os investimentos está no combate à corrupção. "Descobrimos uma rede de desvio. Estamos trabalhando na defesa dos recursos, por isso significa ter mais para investir", disse, referindo-se à Operação Parasitas, deflagrada contra fraudes em licitações para vendas de materiais e insumos médico-hospitalares no Estado.
Em evento no Palácio dos Bandeirantes, Serra, na presença de prefeitos dos municípios beneficiados pelo programa, garantiu que não haverá cortes no orçamento por conta da crise financeira mundial.
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Serra (canto direito), ao lado do secretário Aloysio Nunes Ferreira, ouve discurso do líder do governo na AL, Barros Munhoz, que negou cunho político do encontro
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Platéia formada principalmente por prefeitos, que acompanhou o anúncio de investimentos do governo de São Paulo
Durante o discurso, o governador classificou o ato de "reunião", mas fez questão de afirmar que a atual gestão "governa para todos" e lamentou o fato de o encontro não poder ter sido feito no andar de cima do auditório, onde todos estariam "mais próximos".
Ao comentar o programa de obras nos acessos, ligações entre vias principais, Serra afirmou que a iniciativa foi uma idéia sua e arrancou reação da platéia ao defender que está investindo em toda a rede. "Nunca se fez isso antes nesse Estado, para aproveitar uma frase já bastante citada", afirmou o governador, referindo-se, sem fazer a citação direta, ao conhecido jargão de Lula: "Nunca antes na história deste país".
A 177 municípios serão destinados R$ 265,9 milhões para estas obras e, a outras 63 cidades, deverão ser aplicados R$ 872,5 milhões, em um total de 1.365 quilômetros. Segundo o secretário de Estado dos Transportes de São Paulo, Mauro Arce, não deverá haver aumento de pedágio.
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Pouco antes, em entrevista, o líder do governo na Assembléia Legislativa paulista, Barros Munhoz, negou a intenção política do encontro. "Aqui há prefeitos de todos os partidos. É um estilo de governo do Serra. Ele é municipalista. Nunca houve tantos convênios em São Paulo", afirmou. Em seguida, questionado sobre não haver necessidade de convênio nesse caso, completou: "É importante divulgar, para mostrar o que está sendo feito".
Ao subir ao palco para comentar o investimento, porém, o discurso mudou: "A vida é um embate que só os fracos abate", conclamou Munhoz, chamando Serra de "estadista". "Aqui só tem prefeitos fortes que haverão de levar juntos São Paulo para frente e o Brasil para frente."
Arraste o mouse e veja onde serão feitos os investimentosCrise econômica e Operação Parasitas
Serra afirmou ainda que não deve haver corte no orçamento em 2009 como conseqüência da crise econômica mundial. "Nós estamos preparados para enfrentar as conseqüências da crise e não vamos reduzir investimentos. Temos um padrão de austeridade. O orçamento já foi enviado austero. Estamos atuando com critério, de maneira preventiva. Não fiquem aflitos", pediu.
Em seguida, ao ser questionado sobre se o orçamento austero seria admitir a chegada da crise, Serra completou: "Que tem uma crise, tem, inclusive em São Paulo. O que estou dizendo é o óbvio ululante".
Ainda segundo o governador, um dos "remédios" do governo para garantir os investimentos está no combate à corrupção. "Descobrimos uma rede de desvio. Estamos trabalhando na defesa dos recursos, por isso significa ter mais para investir", disse, referindo-se à Operação Parasitas, deflagrada contra fraudes em licitações para vendas de materiais e insumos médico-hospitalares no Estado.
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