Saída para crise precisa ser global e a economia precisa de 'regulação' dos Estados, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta segunda-feira (10) que a saída para a crise financeira internacional precisa ser global. Lula fez a afirmação depois de reunir-se com ministros da área econômica e com presidentes de Bancos Centrais de 18 países e da União Européia durante encontro do G20 - grupo composto pelas maiores economias mundiais - realizado em São Paulo neste fim de semana.
"Temos uma crise mundial que nasceu no coração do país que representa o maior PIB [Produto Interno Bruto] do mundo, que representa a síntese do capitalismo mundial. Foi exatamente nesse país que surgiu uma crise do sistema financeiro que pode atrapalhar o desenvolvimento e o crescimento econômico dos países emergentes. Temos que discutir porque a saída também tem que ser global", disse em seu programa semanal "Café com o Presidente".
No fim de semana, Lula também participou de reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), em Foz do Iguaçu, com governadores dos estados que fazem fronteira com o Brasil. Segundo o presidente, países como Paraguai, Uruguai, Argentina e o próprio Brasil, depois de muitos anos, passaram a conhecer "um outro momento" de crescimento econômico e de geração de empregos.
"Temos que tomar uma decisão. Para enfrentar essa crise, não precisamos ficar temendo a crise. Sabemos que ela existe, sabemos que é grande, que pode ser grave, mas que estamos em condições melhores para enfrentá-la do que os países ricos, porque ainda temos um potencial extraordinário de crescimento do mercado interno. Temos a possibilidade de fortalecer ainda mais o Mercosul."
Para Lula, os países sul-americanos vivem um momento importante e as decisões devem ser tomadas "com muita cautela".
Regulação do Estado
Lula voltou a afirmar que o sistema financeiro internacional precisa de regulação dos Estados e que não deve ser visto como um "cassino". O Presidente destacou que os países devem acumular riquezas com a geração de riqueza e de empregos e não apenas com a especulação.
"Sabemos de onde veio a crise, sabemos o que foi que gerou essa crise e sabemos que o sistema financeiro internacional tem que ter um certo controle do Estado. Tudo na vida é regulado. O que queremos é que o sistema financeiro exista cada vez mais forte para ajudar o desenvolvimento do país, da indústria e da agricultura."
Lula afirmou ainda esperar que no próximo encontro do G-20 - grupo composto pelas maiores economias mundiais - em Washington, possam ser discutidos temas como a atuação da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Rodada Doha. Ele afirmou ter consciência de que a reunião não vai definir "tudo o que precisamos que defina" mas que caracteriza "um início extraordinário" para que chefes de Estado assumam a responsabilidade de trazer para si a discussão de soluções futuras capazes de evitar outras crises.
Ao comentar a viagem à Itália, Lula afirmou que terá "uma forte agenda empresarial" que inclui encontros com uma delegação de empresários brasileiros e uma de empresários italianos. A idéia, segundo ele, é discutir possibilidades de investimentos no Brasil. Lula irá reunir-se também com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, e pelo presidente do país europeu, Giorgio Napolitano, além de um encontro com políticos da oposição com o Papa Bento XVI para assinar um acordo entre Brasil e Vaticano.
"Vou fazer uma convocação para que os países ricos coloquem mais dinheiro para ajudar os países pobres como, por exemplo, o Haiti e os países africanos. Precisamos ter a consciência de que ou os países mais ricos ajudam os países mais pobres a se desenvolver ou vamos enfrentar um problema muito sério de migração", alertou
"Temos uma crise mundial que nasceu no coração do país que representa o maior PIB [Produto Interno Bruto] do mundo, que representa a síntese do capitalismo mundial. Foi exatamente nesse país que surgiu uma crise do sistema financeiro que pode atrapalhar o desenvolvimento e o crescimento econômico dos países emergentes. Temos que discutir porque a saída também tem que ser global", disse em seu programa semanal "Café com o Presidente".
No fim de semana, Lula também participou de reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), em Foz do Iguaçu, com governadores dos estados que fazem fronteira com o Brasil. Segundo o presidente, países como Paraguai, Uruguai, Argentina e o próprio Brasil, depois de muitos anos, passaram a conhecer "um outro momento" de crescimento econômico e de geração de empregos.
"Temos que tomar uma decisão. Para enfrentar essa crise, não precisamos ficar temendo a crise. Sabemos que ela existe, sabemos que é grande, que pode ser grave, mas que estamos em condições melhores para enfrentá-la do que os países ricos, porque ainda temos um potencial extraordinário de crescimento do mercado interno. Temos a possibilidade de fortalecer ainda mais o Mercosul."
Para Lula, os países sul-americanos vivem um momento importante e as decisões devem ser tomadas "com muita cautela".
Regulação do Estado
Lula voltou a afirmar que o sistema financeiro internacional precisa de regulação dos Estados e que não deve ser visto como um "cassino". O Presidente destacou que os países devem acumular riquezas com a geração de riqueza e de empregos e não apenas com a especulação.
"Sabemos de onde veio a crise, sabemos o que foi que gerou essa crise e sabemos que o sistema financeiro internacional tem que ter um certo controle do Estado. Tudo na vida é regulado. O que queremos é que o sistema financeiro exista cada vez mais forte para ajudar o desenvolvimento do país, da indústria e da agricultura."
Lula afirmou ainda esperar que no próximo encontro do G-20 - grupo composto pelas maiores economias mundiais - em Washington, possam ser discutidos temas como a atuação da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Rodada Doha. Ele afirmou ter consciência de que a reunião não vai definir "tudo o que precisamos que defina" mas que caracteriza "um início extraordinário" para que chefes de Estado assumam a responsabilidade de trazer para si a discussão de soluções futuras capazes de evitar outras crises.
Ao comentar a viagem à Itália, Lula afirmou que terá "uma forte agenda empresarial" que inclui encontros com uma delegação de empresários brasileiros e uma de empresários italianos. A idéia, segundo ele, é discutir possibilidades de investimentos no Brasil. Lula irá reunir-se também com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, e pelo presidente do país europeu, Giorgio Napolitano, além de um encontro com políticos da oposição com o Papa Bento XVI para assinar um acordo entre Brasil e Vaticano.
"Vou fazer uma convocação para que os países ricos coloquem mais dinheiro para ajudar os países pobres como, por exemplo, o Haiti e os países africanos. Precisamos ter a consciência de que ou os países mais ricos ajudam os países mais pobres a se desenvolver ou vamos enfrentar um problema muito sério de migração", alertou
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