Carminha Jerominho pode ser impedida de assumir mandato de vereadora no Rio

A vereadora eleita Carmem Glória Guinâncio Guimarães, a Carminha Jerominho, acusada de integrar a milícia Liga da Justiça, que atua na zona oeste do Rio, pode ser impedida de exercer o cargo a partir de 1º de janeiro de 2009. O Ministério Público Eleitoral obteve mandado de segurança preventivo junto ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para impedir a expedição do diploma de Carminha.

A procuradora regional eleitoral do Rio de Janeiro, Silvana Batini, afirma que a diplomação representa um ato ilegal, uma vez que a vereadora não está filiada regularmente ao PT do B, partido pelo qual se candidatou. A filiação foi anulada pelo TRE-RJ, pois o partido não incluiu o nome de Carminha na lista de filiados entregue no cartório em outubro de 2007.

Além disso, Carminha teve prisão temporária decretada e responde a inquérito policial para apurar o seu envolvimento com o uso eleitoral do poder da Liga da Justiça. Ela é filha do vereador Jerominho (PMDB) e sobrinha do ex-deputado estadual Natalino Guimarães. Ambos estão presos. Natalino renunciou ao mandato recentemente.

Diplomação
A diplomação garante aos eleitos o exercício de seu mandato, além de gerar direitos como o estabelecimento do foro criminal pela prerrogativa da função. Segundo o Ministério Público, a entrega do diploma a Carminha Jerominho contraria a decisão que considerou nula sua filiação ao partido.

Eleições
Carminha foi eleita com 22.049 votos no dia 5 de outubro, quando ainda estava detida no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ela ficou em 23º lugar no ranking da Câmara Municipal.

Além das acusações envolvendo o grupo paramilitar, a vereadora eleita também está na lista de fichas sujas da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).