Ministro de Lula, Geddel espalha outdoors em cem cidades da Bahia e provoca o PT no Estado
Depois de dizer que não será candidato a deputado federal em 2010 e de se recusar a dizer que cargo pretende disputar nas próxima eleições, o ministro peemedebista Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) mantém a "guerra fria" com o governador Jaques Wagner (PT).
A mais recente última ação do "conflito" verificou-se esta semana em forma de outdoors com a imagem do ministro colocados em cerca de 100 cidades (a Bahia tem 417 municípios). "Conte comigo para ajudar a realizar um feliz 2009", diz a mensagem. Em destaque, uma ampla fotografia do ministro, sem terno, apenas de gravata.
Somente em Salvador, onde um outdoor exposto por 15 dias em pontos mais movimentados custa cerca de R$ 1.800, foram colocadas cerca de 20 placas.
Publicamente, Geddel Vieira Lima e Jaques Wagner dizem que a parceria que levou o petista ao governo baiano em 2006 está mantida em 2006. Mas, desde as eleições para a Prefeitura de Salvador, os dois políticos atuam em campos opostos. Na sucessão da capital baiana, Geddel Vieira Lima "apadrinhou" a vitoriosa candidatura de João Henrique Carneiro (PMDB), e Jaques Wagner ficou com o deputado federal Walter Pinheiro (PT). O clima tenso da campanha rachou os dois partidos. O governador, em represália, não compareceu à posse de João Henrique.
Geddel também venceu a disputa pela presidência da Câmara de Salvador e, agora, briga com o PT em mais duas eleições: as presidências da Assembléia Legislativa e da UPB (União das Prefeituras da Bahia), marcadas para o final deste mês.
Em ambas, candidatos que têm o apoio do ministro deverão enfrentar adversários ligados ao PT. De olho nas eleições de 2010, Geddel mantém uma movimentação intensa na Bahia, controlando completamente o PMDB - seu irmão, Lúcio Vieira Lima, é o presidente do diretório estadual. A amigos, Lúcio contou que pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados para "preservar" as bases do irmão. Nas últimas eleições para deputado federal, Geddel obteve cerca de 300 mil votos.
Esta é a justificativa apresentada pelo ministro para colocar os outdoors. "Não existe segunda intenção nas placas, a não ser cumprimentar o povo baiano", disse o ministro. Geddel Vieira Lima acrescentou que foi votado em quase todos os municípios e que os outdoors são a forma mais eficiente para se dirigir à população.
Nos fins de semana, Geddel Vieira Lima não descuida dos seus projetos políticos - em várias entrevistas, disse que espera governar a Bahia "um dia". Ele visita cidades, conversa com prefeitos e lideranças políticas, participa de festas e carreatas.
Em caso de uma eventual disputa pelo Palácio de Ondina (residência oficial do governo baiano), Geddel Vieira Lima certamente vai enfrentar o governador Jaques Wagner. Em almoço no final do ano passado com jornalistas, quando fez um balanço dos seus dois primeiros anos de administração, Wagner disse que o "caminho natural" é tentar a reeleição. Ainda no almoço, o governador disse que suas relações políticas com o ministro são "muito boas".
"Quem quiser usar o palanque do presidente Lula na Bahia terá de trabalhar pela reeleição do governador Wagner", disse o presidente da executiva estadual do PT, Jonas Paulo, colocando mais lenha na fogueira na disputa entre PT e PMDB.
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Imagem do outdoor com fotografia do ministro Geddel Vieira Lima
A mais recente última ação do "conflito" verificou-se esta semana em forma de outdoors com a imagem do ministro colocados em cerca de 100 cidades (a Bahia tem 417 municípios). "Conte comigo para ajudar a realizar um feliz 2009", diz a mensagem. Em destaque, uma ampla fotografia do ministro, sem terno, apenas de gravata.
Somente em Salvador, onde um outdoor exposto por 15 dias em pontos mais movimentados custa cerca de R$ 1.800, foram colocadas cerca de 20 placas.
Publicamente, Geddel Vieira Lima e Jaques Wagner dizem que a parceria que levou o petista ao governo baiano em 2006 está mantida em 2006. Mas, desde as eleições para a Prefeitura de Salvador, os dois políticos atuam em campos opostos. Na sucessão da capital baiana, Geddel Vieira Lima "apadrinhou" a vitoriosa candidatura de João Henrique Carneiro (PMDB), e Jaques Wagner ficou com o deputado federal Walter Pinheiro (PT). O clima tenso da campanha rachou os dois partidos. O governador, em represália, não compareceu à posse de João Henrique.
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Em ambas, candidatos que têm o apoio do ministro deverão enfrentar adversários ligados ao PT. De olho nas eleições de 2010, Geddel mantém uma movimentação intensa na Bahia, controlando completamente o PMDB - seu irmão, Lúcio Vieira Lima, é o presidente do diretório estadual. A amigos, Lúcio contou que pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados para "preservar" as bases do irmão. Nas últimas eleições para deputado federal, Geddel obteve cerca de 300 mil votos.
Esta é a justificativa apresentada pelo ministro para colocar os outdoors. "Não existe segunda intenção nas placas, a não ser cumprimentar o povo baiano", disse o ministro. Geddel Vieira Lima acrescentou que foi votado em quase todos os municípios e que os outdoors são a forma mais eficiente para se dirigir à população.
Nos fins de semana, Geddel Vieira Lima não descuida dos seus projetos políticos - em várias entrevistas, disse que espera governar a Bahia "um dia". Ele visita cidades, conversa com prefeitos e lideranças políticas, participa de festas e carreatas.
Em caso de uma eventual disputa pelo Palácio de Ondina (residência oficial do governo baiano), Geddel Vieira Lima certamente vai enfrentar o governador Jaques Wagner. Em almoço no final do ano passado com jornalistas, quando fez um balanço dos seus dois primeiros anos de administração, Wagner disse que o "caminho natural" é tentar a reeleição. Ainda no almoço, o governador disse que suas relações políticas com o ministro são "muito boas".
"Quem quiser usar o palanque do presidente Lula na Bahia terá de trabalhar pela reeleição do governador Wagner", disse o presidente da executiva estadual do PT, Jonas Paulo, colocando mais lenha na fogueira na disputa entre PT e PMDB.
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