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Lula diz que Brasil quer colaborar para acordo de paz entre judeus e palestinos

Da Agência Brasil<br/> Em Brasília

12/01/2009 08h20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (12) que o Brasil está empenhado em colaborar para um acordo de paz entre judeus e palestinos. "Nós gostaríamos que, no Oriente Médio, árabes e judeus vivessem como vivem árabes e judeus aqui no Brasil", comparou, em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente".

Ele comentou a viagem do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, à Faixa de Gaza. "Eu mandei o Celso Amorim visitar o Oriente Médio para dizer que o Brasil está interessado em participar ativamente, para que a gente possa encontrar definitivamente o caminho da paz naquele território, naquele espaço geográfico", acrescentou.

O presidente reafirmou o reconhecimento brasileiro da criação do Estado do Israel, mas disse que "o povo palestino merece a chance" de ter um Estado próprio. Ele defendeu o diálogo entre as partes.

"Nós precisamos detectar quem quer os conflitos, colocar essas pessoas numa mesa de negociação, junto com as forças políticas que têm influência tanto na Autoridade Palestina, sobretudo no Hamas e no povo de Israel, para que a gente possa começar uma conversação e encontrar uma fórmula para que eles possam viver em paz e cada um desenvolver o seu país".

Na avaliação do presidente, o papel da Organização das Nações Unidas é fundamental para a solução do conflito, desde que as decisões do Conselho de Segurança sejam respeitadas tanto por palestinos quanto por judeus.

Lula voltou a defender a realização de um encontro multilateral para discutir o cessar-fogo na Faixa de Gaza, nos moldes da Conferência de Annapolis, nos Estados Unidos, em novembro do ano passado, em que autoridades de Israel e palestinos discutiram intenções e diretrizes de um acordo de paz no Oriente Médio.

"Essa gente tem que sentar à mesa com os países que querem construir a paz. É preciso que a gente envolva todas as pessoas que tenham a ver com os conflitos no Oriente Médio para que a gente possa encontrar um caminho", disse.