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"Só desisto se o PMDB quiser", diz Garibaldi sobre candidatura à presidência do Senado

Piero Locatelli<br>Do UOL Notícias<br>Em Brasília (DF)

12/01/2009 16h40

O presidente do Senado e candidato à reeleição, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou só desistir de sua candidatura por ordem do partido. "Só desisto se o PMDB quiser, se eles se reunirem e disserem "não, você não será candidato"", disse o senador hoje, na primeira conversa com jornalistas após o seu retorno ao Congresso. Ele disse possuir o apoio dos outros 19 senadores do partido para sua candidatura.

Garilbadi assumiu a presidência da Casa em dezembro de 2007, com a renuncia de Renan Calheiros, envolvido em escândalos. A reeleição no Senado é proibida, mas como não foi eleito para o cargo, Garibaldi afirma pode continuar na presidência nos próximos dois anos.

Senado enviará carta para
o cessar-fogo em Gaza

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), divulgou uma nota em que faz um apelo à presidente do parlamento israelense, senadora Dália Itzki, "no sentido de que busque sensibilizar as autoridades de seu país quanto à necessidade de da aceitação de um imediato cessar-fogo, de modo a possibilitar a retomada do processo de paz"

Seu principal candidato declarado, Tião Viana (PT-AC), já afirmou esperar a desistência de Garibaldi devido aos problemas jurídicos que a candidatura enfrenta. O atual presidente afirmou que isso não irá acontecer. "Diga a ele que se ele quiser, ele que desista", disse Garibaldi. "Eu vou até o fim. Como um candidato vai até o meio?" Garibaldi afirmou não ter medo da disputa com Tião, pois, segundo ele, ganhou 10 das 11 eleições em que disputou até hoje.

O presidente também afirmou que não tem intenção de desistir em favor de José Sarney e negou ter conhecimento que o ex-presidente esteja articulando sua candidatura. Nesta semana, Sarney deve se reunir com o presidente Lula para discutir a sucessão no Congresso.

Garibaldi afirmou que o terceiro mandato de Lula não tem relação com a sua reeleição. "É uma tese esdrúxula", disse ele, respondendo a suposta acusão da oposição que a reeleição de Garibaldi ajudaria Lula a obter um terceiro mandato.