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Com apoio petista, Ciro sinaliza disposição em concorrer ao governo de SP

Camila Campanerut <BR> Do UOL Notícias

Em Brasília

24/02/2010 12h16

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou nesta quarta-feira (24) que “não titubearia a sair” candidato ao governo de São Paulo, desde que participasse de um o compromisso de dar continuidade ao projeto nacional de governo, que foi tocado nos últimos sete anos pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Após se reunir na sede do PSB, em Brasília, com dirigentes do PT, PCdoB e PDT do Estado de São Paulo, Ciro, apesar de reafirmar seu desejo de se candidatar à presidência, não se negou a disputar o governo de SP. “Estou decidido. Sou candidato à presidência da República. Mas só o tempo vai dizer. [A reunião] só comunica a minha disposição [em ser candidato ao governo de SP]”, afirmou.

Segundo o deputado, o encontro serviu para mostrar a confiança que as legendas da base aliada do governo têm em dar apoio a uma possível atuação dele no estado paulista no próximo pleito. O parlamentar disse ainda que a pressão pela definição do quadro de candidatos é unilateral apenas do lado petista.

Para ele, a decisão se troca ou não a candidatura à presidência para a de governador de São Paulo só se dará quando ele tiver a certeza de que a projeto nacional será, de fato, levado adiante. Ciro não aposta que José Serra será candidato e ainda cutucou: “sou muito melhor candidato que qualquer um desse aí. A Dilma é extraordinária, mas não tem uma história de vinte eleições. Eu tenho”.

O presidente estadual do PT, Edinho Silva, defende a necessidade da definição em SP. “O ideal era que tivéssemos uma candidatura definida. O que nós temos com clareza é o centro da candidatura à presidência. É diferente de São Paulo, que está sem definição. Nunca tivemos em São Paulo uma condição como essa. È o maior acúmulo que já tivemos”, afirmou, se referindo ao grupo de aliança formado nove partidos (PT, PSB, PDT, PRB, PPL, PTN, PTdoB, PSC, PDC), articulado também com PHS e PR.

Ciro Gomes deve voltar a se reunir com os dirigentes petistas dentro de quinze dias em São Paulo, e um novo encontro também já está marcado em Brasília, no dia 4 de abril.