Campanha de Serra será "discreta", diz presidente do PSDB

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta quarta feira (31) que, até o agora ex-governador de São Paulo José Serra ser indicado oficialmente como candidato ao Palácio do Planalto, sua campanha será discreta. "Não queremos ferir a legislação eleitoral, e não vamos fazer como nossa adversária (a candidata petista Dilma Rousseff), que quer ficar no palanque do presidente Lula até junho. Vamos fazer uma pré-campanha discreta, mas consciente dos nossos objetivos", afirmou Guerra a jornalistas após cerimônia de prestação de contas de Serra, no Palácio dos Bandeirantes.

O dirigente tucano afirmou que Serra deve passar as próximas semanas viajando pelo país, articulando palanques nos Estados e debatendo o programa de governo, tanto com a sociedade civil quanto com partidos da base e da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre a ausência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na cerimônia organizada pelo governador tucano, Guerra desconversou. "Não sei por que ele não veio, mas Fernando Henrique é um pouco de cada um de nós. Todo esse discurso contra Fernando Henrique é fraude, não é honesto. Ele contribuiu para o Brasil, produziu um novo país e criou a base para continuarmos a crescer", disse.

Aliados de Dilma defendem uma estratégia de comparação entre os governos de Lula – que, a nove meses do fim de seu mandato, tem aprovação superior a 70% – e Fernando Henrique Cardoso – que deixou a Presidência com popularidade em torno de 30%. No seu discurso de prestação de contas, Serra se referiu ao ex-presidente apenas duas vezes. Participaram do ato, além de Guerra, os presidentes do Democratas, deputado federal Rodrigo Maia (RJ) e do PPS, Roberto Freire.