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Goldman critica PAC 2 e chama Serra de "um amigo nosso na praça"

Do UOL Notícias <br> Em São Paulo

07/04/2010 11h30

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (7) que a segunda parte do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal, chamado de "PAC 2", é algo apenas "virtual", pelo fato de ainda não ter orçamento e de ser um "conjunto de propostas". Em entrevista concedida à rádio Jovem Pan, Goldman fez ainda uma referência ao ex-governador e pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, mas sem citar seu nome, chamando-o de "um amigo nosso que está na praça".

Segundo o governador, a situação econômica do Brasil é boa se comparada com os tempos da hiperinflação, mas mostra problemas se comparada com o quadro internacional, crescendo menos que vários países emergentes. Na opinião de Goldman, alguns fatores precisariam ser revertidos, como o fato do país, segundo ele, ter se tornado novamente um exportador de itens primários. "É como diz um amigo nosso que está na praça, o Brasil pode mais", disse, repetindo uma frase usada por Serra em seu discurso de prestação de contas, em 31 de março.

Sobre o PAC 2, o governador paulista disse que o programa é feito de propostas boas e que devem ser viabilizadas, mas que são, segundo ele, apenas uma "ideia" e um projeto "virtual". Goldman usou como exemplo a criação do trem de alta velocidade, cuja obra do segundo trecho está prevista no programa, mas que ainda não teve iniciada sequer a construção do seu primeiro trajeto - de São Paulo ao Rio. "Não existe nem o primeiro passo, e já querem dar o 15º", afirmou o tucano.

Goldman disse também que, se fosse convidado para ser ministro de Serra, caso o tucano seja eleito presidente, a sua resposta hoje seria negativa, mas ressaltou que tudo pode mudar em 2011. A respeito da sua gestão à frente do governo do Estado, Goldman pediu o esforço da população para prevenir o avanço da dengue, descartou eventuais novos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC), a exemplo do que ocorreu durante a gestão de Cláudio Lembo (2006), e defendeu as ações feitas para conter os alagamentos na cidade, dizendo que as enchentes hoje são bem menos graves do que já foram.