Alckmin nomeia coordenador de campanha para chefiar a Casa Civil em SP
Em anúncio feito na tarde desta terça-feira (16), o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nomeou quatro secretários que irão participar de sua administração no Palácio dos Bandeirantes a partir de janeiro do ano que vem.
O tucano escolheu Sidney Beraldo, coordenador de sua campanha e chefe da equipe de transição, para ocupar a Casa Civil, posto estratégico que faz a ponte entre o Executivo e o Legislativo paulista.
Beraldo, antigo conhecido do governador eleito, foi secretário de Gestão Pública na gestão José Serra e já ocupou a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (03/2003-03/2005), quando teve bom relacionamento com Alckmin, governador na época.
Para a Saúde, Alckmin nomeou Giovanni Guido Cerri, atual diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A decisão põe fim ao mistério em torno do futuro comandante da pasta que gerencia a rede ambulatorial e hospitalar no Estado.
Com a morte de Luiz Roberto Barradas Barata, médico sanitarista que chefiou a Secretaria de Saúde de 2003 até seu falecimento, em julho deste ano, Alckmin ficou sem um herdeiro para o cargo. O outro cotado para o posto era David Uip, diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
O tucano ainda anunciou que a atual secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, seguirá no cargo. Ela é é médica fisiatra e professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do Grupo de Trabalho do Comitê de Humanização do Hospital das Clínicas de São Paulo.
O quarto nome divulgado hoje é do novo titular da Casa Militar. O posto ficará com o coronel Admir Gervásio, que será responsável também pela Defesa Civil. Atual corregedor da Polícia Militar - nomeado para conter suspeitas de conivência da corporação com policiais infratores - Gervásio chega ao cargo com um espírito moralizador.
"Sem pressa"
O governador eleito afirmou não ter pressa para divulgar os nomes dos próximos secretários. De acordo com Alckmin, os anúncios devem começar a ser feitos no final deste mês. “Não tem correria. Fim de novembro, começo de dezembro, vamos começar a ouvir os partidos e anunciar outros nomes. Hoje, por exemplo, recebemos um cojunto de sugestões do PPS”, afirmou o tucano.
Alckmin afirmou ainda que uma possível fusão entre os partidos aliados do PSDB no Estado (PPS, DEM e PMDB) não influenciará na distribuição das pastas.
No anúncio, o tucano confirmou que irá criar a Secretária de Gestão e Desenvolvimento Metropolitano e sinalizou que também extinguirá algumas pastas.
A expectativa é que o governador extingua a Secretaria do Ensino Superior --pasta que perdeu força após Serra alterar, em 2007, os decretos que subordinavam as universidades estaduais ao Executivo-- e transforme a Secretaria de Comunicação em assessoria da Casa Civil.
"Serão poucas alterações. O Serra tem uma ótima equipe. Faremos um trabalho de continuidade", disse Alckmin.
O futuro secretário-chefe da Casa Civil continuará sendo o braço direito de Alckmin na articulação política para a composição do novo governo. Questionado sobre a participação do candidato derrotado José Serra, Beraldo disse que o ex-governador é um “grande homem” e que seria fundamental tê-lo na próxima gestão.
Secretarias polêmicas
O governador eleito evitou falar sobre a nomeação de secretários de pastas polêmicas, como Educação, Segurança Pública, Transportes e Transportes Metropolitanos.
A pasta mais espinhosa é a de Segurança Pública, na qual Alckmin enfrenta o dilema de manter o atual secretário, Antonio Ferreira Pinto, ou indicar outro nome. À imprensa, o secretário afirmou recentemente que há um lobby para que ele deixe a pasta por estar investigando e punindo policiais com mais rigor.
A escolha de Ferreira Pinto poderia indicar que Alckmin acabou influenciado pelo noticiário. A indicação de outro nome, no entanto, poderia sugerir que o governador eleito cedeu ao lobby contra o atual secretário.
Para a Secretaria de Educação, setores do PSDB defendem a continuidade de Paulo Renato, figura de peso dentro do partido. Outros aliados de Alckmin defendem a nomeação do deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), o segundo mais votado nas eleições.
No entanto, Barbosa foi secretário-adjunto de Gabriel Chalita (PSB), enquanto este foi secretário da Educação. Atualmente, Chalita é aliado da presidente eleita Dilma Rousseff e cogitado para ocupar o MInistério da Educação, o que dificulta a escolha de Barbosa para a secretaria.
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