Padilha nega relação com empresa fantasma que pedia verbas para ministério do Turismo
O ministro Relações Institucionais Alexandre Padilha negou nesta sexta-feira (10) em Brasília ter participado da negociação entre o Inbrasil (Instituto de Arte, Esporte, Cultura e Lazer) e Ministério do Turismo para conseguir a liberação de mais de R$ 3 milhões.
Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” revela que a entidade, que seria fantasma, tratava de convênios sem licitação com uma carta assinada por Padilha. O ministro, entretanto, alega que se trata de uma “fraude”. Padilha afirma que o cabeçalho da carta tem indícios de falsificação por conter telefone e e-mail incorretos, além de não seguir os padrões gráficos utilizados pela pasta.
“É um documento que tem sinais que destoam dos padrões daqueles que saem do nosso ministério. Eu não assinei esse documento, nem o encaminhei para o ministério”, afirmou.
Segundo o ministro, já foi pedida a abertura de sindicância interna na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e no Ministério do Turismo. A Polícia Federal foi acionada para apurar a denúncia.
Ainda de acordo com a reportagem do jornal, no endereço da Inbrasil, registrado na casa do publicitário Antônio Carlos Silva, em um bairro nobre de Brasília, não funciona nenhum instituto.
Questionado se a denúncia poderia afetar a possível indicação dele para compor a formação ministerial no governo de Dilma Rousseff (PT), Padilha desconversou. “Sou ministro do presidente Lula até o dia 31 de dezembro. Esse é o meu foco.”
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