Em Alagoas, PSDB inicia "refundação" e prega união partidária e melhor comunicação com o eleitor
Os oito governadores eleitos do PSDB se reuniram nesta quarta-feira (15) em Maceió para discutir os rumos do partido e iniciaram o que está sendo chamado de “refundação” tucana após a terceira derrota consecutiva na eleição presidencial.
Segundo o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), a ideia do senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves, de modernizar o partido, com a discussão de novos conceitos, começará a ser posta em prática a partir de agora e que deve levar em conta conceitos de comunicação com o eleitor e unidade partidária nacional.
“Refundação é uma palavra ampla, tem a ver com a construção de um novo partido, atualizado, moderno. Isso pode ser chamado de atualização, reforma, mudança”, disse Guerra, ao lado dos governadores tucanos eleitos em outubro: Geraldo Alckmin (SP), Antonio Anastasia (MG), Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA), Beto Richa (PR), Siqueira Campos (TO), Teotônio Vilela (AL) e Anchieta Júnior (RR).
Porta-voz dos governadores tucanos, Beto Richa afirmou que o partido vai iniciar um processo de modernização. “Estamos buscando uma nova imagem para o partido, com governos de visões modernas e ratificar para a sociedade a visão de que o PSDB é referência em boas gestões”, afirmou.
Richa ainda negou que a legenda pense em se afastar de partidos tidos como direitistas. “O partido teve muitos apoios [na última eleição], mas tem suas linhas de opinião claras, em defesa da sociedade brasileira. Não tem muito hoje essa linha direita ou esquerda. Os partidos se unem em torno de um projeto. Mas as bases programáticas não foram alteradas, mantemos um projeto para o país”, afirmou.
Interação e comunicação
Para Sérgio Guerra, o partido precisa avançar nas relações institucionais entre a bancada do Congresso federal e os governos tucanos, a fim de tornar mais nacional a imagem do PSDB. “Essa interação entre bancada e governadores é compulsória, urgente e indispensável. Isso deve nos levar a realizar uma oposição segura. Não se trata de adjetivar a oposição de radical ou moderada. Não é prioridade dos governadores tocarem programas de oposição, mas eles estarão alinhados com deputados e senadores.”
O presidente tucano ainda afirmou que “existe um abismo entre a comunicação e os fatos de dentro do partido”. “Nos comunicamos mal. Vamos realizar pesquisas eleitorais e sociais; vamos organizar uma área de coordenação dessas pesquisa junto à de comunicação”, afirmou.
Guerra ainda assegurou que não há crise dentro do partido e garantiu que a reunião com os governadores foi realizada em “total harmonia”. “Já há uma troca de experiência entre os governadores tucanos. Nós temos programas sociais de Estados governados pelo PSDB que estão sendo usados por outros governadores. Há experiências do Paraná em São Paulo, de São Paulo em Alagoas, de Minas no Paraná. A interação existe.”
Ao contrário do que era especulado, o encontro não tratou sobre a definição de posicionamento sobre a possível volta da CPMF. “Não foi discutido aqui. A CPMF ainda não está na agenda do Congresso. Esse debate deve acontecer na próxima reunião do partido. Essa pauta não foi a de hoje”, finalizou Guerra.
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