Com a ajuda de governistas, Câmara força adiamento da votação da Lei Geral da Copa
Por falta de quórum, o plenário da Câmara dos Deputados não conseguiu votar nesta quarta-feira (21) o texto da Lei Geral da Copa, apesar da determinação do Palácio do Planalto de que o assunto fosse resolvido nesta semana.
Com a ajuda de partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff, como o PMDB e PDT, os oposicionistas solicitaram a retirada da discussão da pauta sob a justificativa de que é necessária uma data para votação do novo Código Florestal.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que a votação seria feita nesta quarta-feira (21) apesar da falta de um acordo para votação do Código Florestal. No plenário, vários parlamentares acusaram o Palácio do Planalto de falta de diálogo para impor sua pauta.
Já a Presidência avalia que os acordos selados com a Fifa devem ser respeitados e que a Lei Geral da Copa não tem vínculo com o Código Florestal. Este foi o primeiro teste do novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que ocupa a função desde a semana passada no lugar de Cândido Vaccarezza (PT-SP).
"Os líderes que pediram obstrução vieram falar comigo porque tinham que ter um tempo maior na sua respectiva bancada para tratar da Lei Geral da Copa", disse Chinaglia, que também admitiu a necessidade de negociações sobre o novo Código Florestal.
"O governo derrotou o governo. Não adianta ser na base de imposição. Se for assim, o resultado nunca vai mudar", disse o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).
Governistas avaliam que as negociações serão decisivas nos próximos dias, porque a presidente viajará para a Índia na próxima semana e, em seguida, haverá a Semana Santa. "A partir daí, o tempo ficaria muito curto, porque falta só um ano para a Copa das Confederações", afirmou Vicente Cândido (PT-SP), relator da Lei Geral.
O texto que seria votado no plenário foi enviado pela comissão especial da Lei Geral da Copa há duas semanas, sem autorizar nem proibir a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante o torneio. Com isso, a decisão sobre a polêmica ficaria a cargo das Assembleias Legislativas dos Estados que abrigarão o Mundial. Alguns deles, como São Paulo, têm leis próprias que proíbem a prática.
PMDB
A bancada do PMDB anunciou a obstrução no plenário em razão da falta de uma data para a votação do Código Florestal. Quem anunciou a obstrução foi o líder do partido na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN): "O PMDB entra em obstrução, não para radicalizar mas para abrir espaço de negociação". A decisão foi acompanhada pelo "independente" PSD e pelo oposicionista DEM.
Os ruralistas, oriundos tanto de partidos da base governista como da oposição, fizeram uma grande articulação para obstruir a sessão. "Não há o menor clima para votar hoje", disse o relator do Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG). (Com informações do Valor)
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