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Em entrevista ao "NYT", Lula reafirma que Dilma é sua candidata em 2014 e nega que houve mensalão

Ao "NYT", Lula nega que houve mensalão - Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Ao "NYT", Lula nega que houve mensalão Imagem: Heinrich Aikawa/Instituto Lula

Do UOL, em São Paulo

26/08/2012 13h13Atualizada em 26/08/2012 15h15

"Dilma é minha candidata e se Deus quiser, ela será reeleita", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista dada ao repórter Simon Romero, do jornal "The New York Times", na sede do instituto que leva seu nome. O texto foi publicado na edição deste sábado (25) do periódico americano.

O texto cita ainda o julgamento do mensalão, classificando-o como um dos "sofrimentos mais graves" do político e um dos "maiores escândalos de corrupção" do Brasil. "Mais de 30 políticos, incluindo alguns dos principais assessores de Lula, como José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, estão implicados em um escândalo chamado 'mensalão'", diz a reportagem.

O repórter conta que o escândalo veio à tona em 2005, mas só agora está sendo julgado pela Suprema Corte brasileira, o que, segundo o texto, reflete "a lentidão da Justiça brasileira". Em resposta aos questionamentos sobre o mensalão, Lula pareceu enfático "não acredito que houve mensalão", mas disse que vai respeitar a decisão do Supremo sobre o caso. "Se alguém é culpado, deve ser punido", disse Lula, "e se alguém for considerado inocente, deve ser absolvido."

O ex-presidente também comentou sobre a crise na Europa. "Sei que a Europa não gosta de nós oferecendo a nossa opinião sobre a Europa, mas quando a crise era aqui no Brasil, todos eles tinham algo a dizer", comentou ao jornal americano.

"Vamos ser francos: se a Alemanha tivesse resolvido o problema grego anos atrás, não teria piorado tanto. Eu já vi pessoas morrerem de gangrena porque não cuidaram de uma unha problemática", afirmou Lula.

Perguntado se estava diminuindo o ritmo de sua vida, agora que saiu da presidência e curou-se do câncer, o petista reagiu enfaticamente. "Olha aqui, ouça o que eu tenho a dizer: a política é a minha paixão", contou ao repórter do jornal.