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Em balanço sobre eleições, PT diz que saiu vitorioso, mas reconhece derrotas locais e evita "ilusão ufanista"

Do UOL, em Brasília

07/12/2012 16h59Atualizada em 07/12/2012 17h07

Em documento publicado em seu site oficial nesta sexta-feira (7), o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores fez um balanço das eleições de 2012.

Na resolução, o partido diz que saiu vitorioso das urnas, mas que não deve cair em uma "ilusão ufanista". "A voz do povo nas urnas suplantou, mais uma vez, os que vaticinavam o desaparecimento do Partido dos Trabalhadores!', exclama o documento.

"É inegável que o resultado das eleições municipais, visto nacionalmente, reforça o novo projeto político instituído no Brasil e enfraquece relativamente o antigo, aquele sob o domínio do pensamento e da agenda neoliberal", afirma o documento. "Tal constatação não permite, porém, incidir numa ilusão ufanista, triunfal. A par da  vitória nacional reconhecida a contragosto inclusive pelos adversários, sofremos derrotas regionais ou locais, para as quais concorreram diversos fatores que devemos também compreender."

Sobre as derrotas, o documento diz que "a eleição apontou a existência de problemas nacionais que devem ser enfrentados" e que "mesmo quando o resultado eleitoral não nos favoreceu, o partido cresceu nas campanhas mobilizadoras da militância".

Segundo os petistas, a esquerda avançou nas eleições, mas "menos do que podia". "A esquerda avançou (talvez, menos do que podia) e a direita recuou (embora menos do que merecia). Esse deslocamento da correlação de forças a favor do projeto político democrático-popular deve ser bastante realçado porque ele se deu, como já mencionado, em meio a intensa campanha reacionária dirigida contra o PT e contra o pluralismo democrático. Campanha que prossegue, fora do parlamento e do processo eleitoral, que estimula o preconceito contra a política e cujo conteúdo, guardadas as diferenças históricas, se assemelha ao conhecido golpismo udenista."