Ministro da Previdência também diz que devolverá dinheiro de voo da FAB
O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, comunicou ao Palácio do Planalto que irá ressarcir os cofres públicos do valor do voo no avião da FAB, segundo informou a assessoria de imprensa do governo na noite desta sexta-feira (5).
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Ministério da Previdência. O valor do ressarcimento, no entanto, só será calculado e divulgado na semana que vem.
Garibaldi usou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) no fim de semana para ir ao Rio de Janeiro assistir à final da Copa das Confederações no Maracanã. Segundo nota oficial divulgada mais cedo, ele tinha passagem comprada para ir ao Rio em avião comercial. O documento também afirma que o ministro voltou a Brasília em voo comercial.
No entanto, segundo a nota, ele decidiu mudar o itinerário e avisou a mudança ao Comando da Aeronáutica. "Ao final da cerimônia oficial no Ceará, em vez de retornar a Brasília, ou mesmo a Natal, como lhe facultava o art. 4º do Decreto n.º 4.244/2002, a aeronave da FAB o levou diretamente ao Rio de Janeiro. "
Segundo a "Folha de S.Paulo", o ministro saiu de Brasília na sexta-feira às 6h com destino a Fortaleza para cumprir agenda oficial na cidade de Nova Morada (CE). O compromisso acabou pela manhã, e, em vez de retornar à capital, o ministro foi direto para o Rio, onde não tinha compromissos oficiais.
Garibaldi é primo do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que também usou avião da FAB para ver o mesmo jogo da seleção no Maracanã, em que levou sete convidados de Natal para o Rio. Alves disse que ressarciu o dinheiro das passagens, cerca de R$ 9 mil, aos cofres públicos.
Nesta semana, a "Folha" revelou também que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou um avião da FAB para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) em uma praia na Bahia. Ontem, Renan disse que estava em viagem como representante do Senado e não iria devolver o valor, mas hoje voltou atrás e disse que pagará R$ 32 mil à União.
A Agência Estado havia publicado ontem que o ministro Joaquim Barbosa viajou ao Rio de Janeiro para assistir a um jogo do Brasil com recursos públicos, mas o Supremo Tribunal Federal, presidido por ele, negou a informação e disse que "o presidente do STF não viajou para o Rio de Janeiro, no último dia 31 de maio, para assistir ao jogo do Brasil. O ministro retornou para a sua residência no Rio de Janeiro, como faz regularmente há mais de 10 anos, desde que empossado no Supremo".
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