Rachado, grupo da reforma política tem 1ª reunião com ameaça de renúncia de deputado
O grupo de trabalho da reforma política, que começou rachado após a renúncia do petista Henrique Fontana (RS), teve sua primeira reunião em clima tumultuado. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) foi incluída no grupo, que teve ameaça de renúncia do representante do PMDB -- Marcelo Castro (PI).
O representante do PMDB mostrou, logo na primeira fala do grupo, pouca empolgação com o debate. "Confesso que chego aqui desiludido. Já discuto reforma eleitoral há mais de dois anos. Se em 20 dias a coisa não andar, estou fora. Não vou ficar fazendo uma coisa mais ou menos. Essa é a última chance que nós temos", disse.
Já Erundina disse que foi indicada pela bancada feminina, após determinação do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). "Não tinha nenhuma mulher no grupo", disse.
A indicação pegou de surpresa até mesmo o coordenador do grupo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que não sabia o porquê da determinação.
Primeiras medidas
O primeiro encontro serve para definição de um plano de trabalho, segundo informou na entrada o coordenador, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Nas primeiras orientações, o coordenador sugeriu a realização de quatro audiências até o fim de agosto, com a convocação de movimentos sociais. Além disso, ele vai solicitar, até o fim do recesso dos parlamentares, o levantamento de todas as propostas já apresentadas na Câmara sobre reforma política, para que elas sejam analisadas pelos parlamentares.
Como primeira medida, ele também propôs a criação de um portal na internet para receber propostas da população.
"Vamos também agendar um encontro com a ministra Carmen Lúcia e outros ministros do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] para discutirmos as questões eleitorais", afirmou.
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