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Após agressão a vereadores, Câmara do Rio suspende sessão plenária desta quinta

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

15/08/2013 14h47

Depois de o vereador Professor Uóston (PMDB), relator da CPI dos Ônibus da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, ter sido atingido por um ovo jogado por manifestantes ao deixar o prédio, na manhã desta quinta-feira (15), a Mesa Diretora da Casa decidiu, por motivos de segurança, suspender a reunião plenária prevista para esta tarde. O presidente da comissão, Chiquinho Brazão (PMDB), também foi cercado por ativistas, que tentaram agredi-lo com tapas.

A avenida Rio Branco está fechada por dezenas manifestantes desde cerca de 11h30. Dez ativistas que estavam no grupo que ocupou a Câmara na última sexta-feira (9) continuam dentro do prédio. Aproximadamente 30 pessoas ocupam também a escadaria do prédio. Há barracas e tendas no local. Por volta das 14h, policiais militares entraram na Câmara.

Em nota oficial divulgada no site da Câmara, assinada pelo presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), e por outros cinco vereadores, a mesa diretora justifica a decisão afirmando que, "dado o acirramento dos ânimos e a impossibilidade de garantir a integridade física dos servidores e vereadores", não há condições para realizar a sessão.

Entre as razões apresentadas, está o impedimento dos parlamentares comparecerem, "uma vez que estão sendo agredidos pelos manifestantes". O texto cita também um "alto grau de agressividade" demonstrado pelos ativistas.

A mesa diretora afirmou ainda que, por determinação regimental, a sessão ordinária implicaria na abertura das galerias, o que, segundo eles, "fatalmente proporcionará aos agressores a oportunidade de acessarem ao interior da Câmara". Outra previsão dos vereadores é de que entrada dos manifestantes "resultará, com certeza, em agressões aos funcionários, profissionais da imprensa e vereadores".

A nota lembra ainda que o regimento interno da Casa prevê a realização da sessão fora das dependências do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo municipal, mas, segundo a mesa diretora, não existe tempo suficiente para proceder a essa nova convocação.