Vídeo: veja momento em que homem joga bombas e se explode no STF

Um vídeo do circuito de segurança do STF (Supremo Tribunal Federal) mostrou o momento em que um homem se aproximou da sede da corte na noite desta quarta-feira (13) com artefatos explosivos. Francisco Wanderley Luiz, 59, identificado como o autor do atentado, morreu durante a ação na praça dos Três Poderes.

O que aconteceu

O homem se aproximou da entrada do STF por volta das 19h30 de ontem e ativou os explosivos que tinha no corpo. Segundo o relato de um segurança da Suprema Corte, o homem circulou pelo local com "atitude suspeita" e deitou no chão para esperar as bombas explodirem. Um carro também explodiu no estacionamento da Câmara.

Uma varredura será feita nos prédios da Câmara e do STF nesta quinta-feira (14). O Senado Federal suspendeu os trabalhos.

Luiz teria circulado pelo anexo 4 da Câmara durante o dia, segundo informação dada aos deputados pelo chefe de segurança da Casa. O local abriga a maioria dos gabinetes dos parlamentares. A entrada no prédio é liberada para qualquer pessoa. Os visitantes precisam passar por um detector de metal, mas não há revistas.

Inquérito foi instaurado pela PF ainda na noite de ontem. Hoje pela manhã, fontes da organização informaram ao UOL que o caso será tratado como ato terrorista.

Alvo era Alexandre de Moraes, diz ex-mulher. À PF, ela disse que o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado, afirmou que o plano dele era matar o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Artefatos artesanais. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, o homem portava artefatos feitos de forma artesanal, mas com alto "poder de lesibilidade", e um extintor de incêndio que simulava um lança-chamas. As investigações vão apontar de que materiais foram feitas as bombas.

PF também vai analisar caixa. Ela foi encontrada próxima ao local de explosões em Brasília, num estacionamento onde ficava o trailer do autor do crime.

Celular apreendido. A PF localizou um celular dentro do trailer que também vai ajudar a aprofundar as investigações após a perícia.

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O inquérito está sob sigilo. Segundo ele, "é cedo para apontar participação no 8 de Janeiro", mas isso também vai ser apurado. Ele afirmou que não se trata de um "fato isolado, mas conectado com diversas ações que a Polícia Federal tem investigado".

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