Ao lado de Lula, Dilma rebate "ódio" de críticos do Bolsa Família
Em cerimônia de comemoração pelos dez anos de criação do Bolsa Família, a presidente Dilma Rousseff Silva fez nesta quarta-feira (30) duras críticas àqueles que querem o fim do programa federal, criado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), também presente na cerimônia. Às vésperas de um ano eleitoral, o governo federal organizou um evento no Museu Nacional, em Brasília, com centenas de convidados, para celebrar o programa, que receberá R$ 24 bilhões neste ano.
Dez anos do Bolsa Família
"Sabemos que o ódio dos críticos do Bolsa Família é um ódio anacrônico, É uma posição antiga e obscurantista. Nós devemos ter paciência e devemos escutá-los. Ninguém que governou de costas para o povo tem legitimidade para atacar o combate à desigualdade que nós fizemos", declarou Dilma.
Com o ator Paulo Betti de mestre de cerimônias, o evento aconteceu no Museu Nacional. À noite, haverá ainda um coquetel para convidados.
Um quarteto de cordas formado por crianças beneficiadas com o Bolsa Família tocou o Hino Nacional. Um deles havia ganhado um violino do presidente Lula há quatro anos. A cerimônia durou cerca de duas horas.
Dilma afirmou ainda, sem citar nomes, que os críticos do programa "nunca quiseram enxergar a pobreza" e dizem frequentemente que o programa deve ser encerrado porque "já durou demais". "Como é que já durou demais? Seria possível acabar em uma década com a miséria que foi construída durante séculos?", questionou a presidente.
A presidente encerrou sua fala declarando que "o Bolsa Familia vai existir até quando houver uma família pobre neste país".
Em uma década não se acaba com miséria, afirma Dilma sobre Bolsa Família
Dilma afirmou que a tecnologia criada para transferir renda para os mais pobres foi capaz de varrer “as políticas clientelistas centenárias do nosso país”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também dedicou boa parte de seu discurso a refutar os críticos do programa. Segundo ele, foi escrito em jornais que "o Bolsa Família forma mendigos", e críticos chamavam o programa de "tragédia social", "bolsa ilusão" e diziam que era "fácil de entrar, muito difícil de sair".
Para Lula, "é mais difícil vencer o preconceito [dos críticos] do que vencer a fome"
"Eu sei que incomoda muita gente que os pobres estão evoluindo. Os pobres estão usando o maiô que só uma parte da sociedade usava. A patroa bota um perfume no jantar e a empregada vem trabalhar no dia seguinte com o mesmo perfume, não sei se é do Paraguai, mas é o mesmo perfume."
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