Campos e Marina usam TV nos Estados para vender imagem de coesão
O PSB decidiu usar as inserções de TV a que tem direito nos Estados para tentar construir uma imagem de unidade entre seu presidente, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva, líder da Rede Sustentabilidade.
O esforço de marketing visa a neutralizar sinais de descompasso na aliança. Um deles é a data de anúncio da candidatura presidencial de Campos –ele gostaria de fazer isso em fevereiro, já com Marina na vice, para sepultar especulações, mas a ex-senadora prefere adiar o ato para março e ganhar tempo na definição dos palanques estaduais.
As inserções do PSB começaram a ser veiculadas na última sexta-feira (10), no Paraná. Em fevereiro, ganham o televisores de Santa Catarina.
O vídeo intercala discursos de Campos e Marina gravados no ato político de anúncio da filiação da ex-senadora ao PSB, em 5 de outubro do ano passado.
"Não estamos pensando apenas em um projeto de poder pelo poder", diz Marina, na abertura da propaganda. Em seguida, Campos afirma: "Ninguém vai melhorar esse país se não melhorar a política que está lá fora". Ao final, o locutor conclui, sobre a imagem dos dois abraçados: "Eduardo e Marina, juntos para um Brasil melhor". Assista ao programa abaixo:
Todos os partidos que obtiveram pelo menos 5% dos votos apurados nas últimas eleições para a Câmara dos Deputados têm direito a transmitir 20 minutos de inserções por semestre, em programas de trinta segundos ou um minuto.
Aliado de Marina, o deputado Walter Feldman (PSB-SP) afirma que os integrantes da Rede Sustentabilidade têm encontrado “ouvidos muito atentos” na direção do PSB sobre a demanda por candidaturas próprias nos Estados, inclusive em São Paulo.
Ele é cotado para ser vice em uma eventual chapa paulista encabeçada pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP). “Há um sentimento cada vez mais forte de que a candidatura própria é o melhor caminho”, diz.
A depender de Feldman, porém, Campos não realizará seu desejo de lançar a sua candidatura com Marina na vice em fevereiro. Ele defende que isso ocorra a partir de março. “Antes do carnaval, o que de relevante vai acontecer no país?”, diz.
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