Dilma diz que falará sobre Pizzolato "se for do interesse do governo italiano"

Em visita oficial ao Vaticano, a presidente Dilma Rousseff disse que está previsto um encontro com o presidente italiano, Giorgio  Napolitano, neste sábado (22). O horário do encontro, no entanto, ainda não foi confirmado pelas autoridades.

Questionada pelos jornalistas se no encontro os chefes de Estado tratarão sobre a extradição de Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão, Dilma respondeu que fala "de qualquer assunto desde que seja do interesse também do governo italiano".

"Quando eu encontrar com ele, vou conversar sobre vários assuntos. Não tenho como precisar quais são", afirmou Dilma.

Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, foi preso na Itália no início do mês após ter fugido do Brasil para evitar a prisão. O governo brasileiro anunciou que vai pedir à Itália a extradição do condenado.

Pelo tratado firmado entre Brasil e Itália, o Brasil tem 40 dias a contar a partir da data da prisão, ocorrida no último dia 5, para enviar o pedido sob o risco de o ex-diretor do Banco do Brasil ser colocado em liberdade.

Foragido da Justiça brasileira desde novembro do ano passado, Pizzolato está preso provisoriamente em Modena, no norte da Itália. Ele foi detido na casa de um sobrinho na cidade de Maranello com passaporte falso em nome de Celso Pizzolato, seu irmão morto em 1978, e poderá responder na Justiça italiana por esse crime.