Golpe pifado previa adorno tétrico de uma carnificina!
As novas descobertas da Polícia Federal comprovam que os planos do alto-comando do golpe não continham pontos de exclamação. Sob Bolsonaro, tramou-se o absurdo com uma doce naturalidade.
Adorno tétrico da trama, o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022, forneceria o Apocalipse de que Bolsonaro precisava para virar a mesa da democracia.
A investigação da carnificina falhada levou a PF às ruas nesta terça-feira. Foram em cana cinco pessoas -quatro militares e um policial federal. Um dos presos, o general Mário Fernandes, deixou no Planalto um rastro pegajoso.
Fernandes era o número dois da Secretaria-Geral da Presidência. Participou como ministro interino da reunião em que Bolsonaro foi filmado rosnando para a democracia, em julho de 2022, antes do primeiro turno. Foi nesse encontro que o general Augusto Heleno disse que, "se tiver que virar a mesa é antes da eleição", pois "não vai ter revisão do VAR".
O general Mario Fernandes, agora preso, engrossou o mesmo coro vadio: "...É muito melhor assumir um pequeno risco de conturbar o país [...], para que aconteça antes, do que assumir um risco muito maior de conturbação no 'the day after', né? Quando a fotografia lá for de quem a fraude determinar". A PF revela que o "day after" do general e seus comparsas incluía uma carnificina. Faltou adesão da tropa.
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