Barbosa não participa de votação que absolveu Cunha de lavagem de dinheiro
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, não participou nesta quinta-feira (13) da votação em que a maioria dos ministros decidiu pela absolvição do ex-deputado João Paulo Cunha (PT-SP) da acusação de formação de lavagem de dinheiro, livrando o réu, que foi condenado por corrupção passiva e peculato, de cumprir pena em regime fechado. O ministro só chegou após a absolvição de Cunha e João Cláudio Genú -- ex-chefe de gabinete da liderança do PP na Câmara.
Barbosa faz desabafo após absolvição
A assessoria de imprensa de Barbosa não informou onde ele estaria. Na sessão passada do Supremo, em 27 de fevereiro, quando oito réus foram absolvidos por formação de quadrilha, Barbosa atacou os novos ministros da Corte -- Luís Roberto Barroso e Teori Zavaski, que votaram pela absolvição-- e indiretamente a presidente Dilma Rousseff, ao afirmar que se formou no tribunal uma "maioria de circunstância".
"Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que este é apenas o primeiro passo. Esta maioria de circunstância tem todo tempo a seu favor para continuar nessa sua sanha reformadora", disse Barbosa, na ocasião. "Essa maioria de circunstância [foi] formada sob medida para lançar por terra todo um trabalho primoroso, levado a cabo por esta corte no segundo semestre de 2012", disse o ministro.
Nesta quinta-feira, os ministros Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki, os mais novos no STF, abriram a divergência e votaram pela absolvição. Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello mantiveram seus votos de 2012 e absolveram o réu.
Já o relator Luiz Fux votou pela manutenção da condenação por lavagem.
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