Topo

Delúbio, Cunha e mais um sairão da cadeia na Páscoa

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

17/04/2014 06h00

Três condenados no processo do mensalão com autorização para trabalhar fora da cadeia, como o ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), vão poder deixar o presídio nesta quinta-feira (17) para passar o feriado de Páscoa fora da prisão.

Além de Cunha, também terão direito aos cinco dias do benefício conhecido como "saidão de Páscoa" o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-assessor do PL (atual PR) Jacinto Lamas, todos cumprindo pena no Centro de Progressão Penitenciária do Distrito Federal.

Delúbio e Cunha chegaram a pedir na Justiça autorização para viajar no feriado para visitar a família, mas o pedido foi negado e eles não poderão sair de Brasília. Delúbio queria ir a Buriti Alegre (GO) e Cunha, para Osasco (SP).

O benefício, geralmente concedido em datas comemorativas, será estendido a outros presos do DF que cumprem a pena em regime semiaberto (quatro a oito anos de prisão).

Pelas regras definidas pela VEP (Vara de Execuções Penais), só terão direito aqueles que já possuem autorização para trabalho externo ou para saídas quinzenais para visitar a família.

O “saidão” começa a partir das 10h de hoje e vai até as 10h da próxima terça-feira (22). Quem trabalha fora da cadeia terá prazo maior e poderá retornar somente ao final do expediente de terça.

Fora da detenção, eles deverão cumprir algumas regras e estão proibidos, por exemplo, de ingerir bebidas alcoólicas e de frequentar bares ou prostíbulos.

Embora estejam no semiaberto e com autorização para trabalho externo, os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Bispo Rodrigues (ex-PL-RJ) não terão ter direito ao benefício por estarem respondendo a processos disciplinares.

Reportagem da “Folha” revelou que, em março, Costa Neto recebeu políticos no restaurante onde trabalha, e que Bispo Rodrigues parou em uma igreja e se encontrou com a mulher em outro local antes de ir para o trabalho. Por causa disso, a VEP abriu um inquérito para apurar se infringiram alguma regra.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apesar de estar no semiaberto, não poderá deixar a cadeia porque ainda não teve autorização para trabalho externo nem para saída temporária. A Justiça começou a analisar o seu pedido, mas interrompeu o processo até que seja apurada a suspeita de que teria usado um celular dentro do presídio.