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MP pede prisão de ex-prefeito Alcides Bernal em MS

Alcides Bernal, prefeito de Campo Grande, foi cassado após denúncias de irregularidades em contratos emergenciais - Divulgação/Facebook
Alcides Bernal, prefeito de Campo Grande, foi cassado após denúncias de irregularidades em contratos emergenciais Imagem: Divulgação/Facebook

Do UOL, em São Paulo

25/04/2014 14h57Atualizada em 01/05/2014 20h26

O Ministério Público do Mato Grosso do Sul entrou com pedido de prisão do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), do ex-secretário municipal de planejamento, finanças e controle, Wanderley Ben-Hur, e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS), Júlio César Souza Rodrigues.

Segundo o MP-MS, o ex-prefeito e o ex-secretário contrataram o serviço de assessoria jurídica do advogado sem licitação.

Em entrevista à TV Morena, o ex-prefeito Alcides Bernal disse que não foi comunicado sobre a ação e que estaria pronto a prestar esclarecimentos.

O ex-secretário Wanderley Ben-Hur disse que contratou os serviços de Júlio César Rodrigues para atender aos prazos de defesa jurídica. A intenção, explicou, seria resolver a questão de queda de receita de Campo Grande na participação dos municípios em 2012 e no ano passado.

De acordo com Ben-Hur, a justiça determinou que o contrato não fosse concluído. O advogado receberia R$ 11.200 por mês, mas o município cumpriu a ordem e não valor qualquer valor a Rodrigues.

Cassação

Alcides Bernal teve seu mandato como prefeito de Campo Grande cassado em 13 de março. Por 23 votos a 6, a Câmara Municipal decidiu pela cassação, após denúncias de irregularidades em contratos emergenciais, firmados com três empresas que abasteciam creches de Campo Grande. “Isso aqui é um golpe”, afirmou em seus discurso o ex-prefeito, alegando que se tratava de uma trama política orquestrada pelo PMDB, que havia comandado a prefeitura nas duas últimas décadas.

O vice de Bernal, Gilmar Olarte, também do PP, assumiu a prefeitura. Embora fossem do mesmo partido, Olarte e Bernal não conversavam há quase um ano. O prefeito cassado acusava o vice de ter se alinhado ao PMDB e de ter participado do “golpe” para tirá-lo da prefeitura.