Mulheres protestam contra Bolsonaro em frente ao Congresso
Um grupo de aproximadamente 30 pessoas protestou, na tarde desta terça-feira (16), em frente ao Congresso Nacional contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). O grupo, formado em sua maioria por mulheres e adolescentes, pediu a cassação do parlamentar que declarou que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque “ela não merecia”.
O protesto aconteceu no mesmo dia em que o Conselho de Ética de Decoro da Câmara dos Deputados instaurou processo por quebra de decoro parlamentar contra Bolsonaro.
De acordo com a organizadora do protesto, a professora Luiza Oliveira, o Congresso não pode ser palco de manifestações machistas.
“As pessoas ficamos completamente indignadas pelo discurso de ódio proferido pelo Bolsonaro. Nenhuma mulher merece ser estuprada. Esse tipo de discurso não pode ser proferido no Congresso Nacional”, afirmou.
O protesto de hoje foi organizado por Luíza por meio de uma comunidade no Facebook. Desde que as declarações de Bolsonaro ganharam repercussão, pelo menos outros cinco protestos foram convocados nas redes sociais.
Para o evento desta terça-feira, pelo menos 2.500 pessoas haviam confirmado presença. Mesmo com a baixa adesão, Luíza acredita que o movimento contra Bolsonaro vai crescer.
“Este foi um protesto articulado pela Internet de forma espontânea. Vamos estar aqui amanhã [quarta-feira] para fazer o movimento ‘fora Bolsonaro’ ficar cada vez maior”, disse a professora.
Um novo protesto pedindo a cassação do parlamentar está marcado para amanhã e tem a confirmação de pelo menos 10 mil pessoas.
O UOL contactou o gabinete do deputado que informou que ele estaria no plenário da Câmara. Procurado, Bolsonaro não estava no local.
Ao defender-se hoje no Conselho de Ética, Bolsonaro afirmou que a situação que não motivou abertura de processo é a mesma de hoje. "Estava dando meus argumentos, sempre fortes, quando então fui surpreendido pela deputada Maria do Rosário, que passou a me acusar de ser estuprador", disse. "Não posso ser julgado duas vezes pelo mesmo caso."
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