Protestos em defesa da Petrobras ocorrem em 13 Estados
Dois dias antes da realização dos protestos pró-impeachment e cinco dias após o panelaço contra a presidente Dilma Rousseff, manifestantes convocados pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e pela UNE (União Nacional dos Estudantes) vão realizar até o final do dia, em 23 Estados e no Distrito Federal, o “Ato Nacional em defesa da Petrobras, dos Direitos e da Reforma Política”. Por enquanto, os atos aconteceram em 13 Estados.
O “Dia Nacional de Lutas”, como também está sendo chamada a série de protestos marcados para esta sexta-feira (13), além de ressaltar uma "defesa" à estatal e à democracia, supostamente ameaçada por conta da campanha pelo impeachment da presidente Dilma, também tem por objetivo pressionar o governo federal a reverter as decisões que restringem os direitos trabalhistas, além de pressioná-lo a realizar a Reforma Política.
Para Júlio Turra, da Executiva Nacional da CUT, "o ato se contrapõe ao movimento de domingo a partir do momento em que é contra a quebra da legalidade no que diz respeito aos resultados eleitorais e se choca com a política atual do governo uma vez que se coloca contra o ajuste fiscal."
Em vários Estados, os atos foram realizados pela manhã. Em Minas Gerais, manifestantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da CUT ocuparam os portões de entrada da Regap (Refinaria Gabriel Passos), em Betim (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. Antes, os ativistas bloquearam a rodovia Fernão Dias por cerca de duas horas, na altura do km 479, no sentido São Paulo, gerando lentidão de quatro quilômetros. A via foi liberada por volta das 7h.
A PM (Polícia Militar) de Minas Gerais estimou em 500 pessoas os participantes do protesto, mas a PRF (Polícia Rodoviária Federal) calculou em mil esse número. Representantes do movimento, por sua vez, falam em 2.000 ativistas. O ato encerrou-se por volta das 9h30, mas um grupo de cerca de 300 pessoas permaneceram concentradas em frente à entrada da refinaria, deslocando-se, posteriormente, em um ônibus, para Belo Horizonte, com o intuito de participar do ato que será realizado em Belo Horizonte, marcado para as 16h, na praça Afonso Arinos.
Mais cedo, um protesto reuniu apenas dez pessoas na avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, após Dilma cancelar a ida ao local para cuidar de sua mãe.
Na Baixada Fluminense, trabalhadores da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) realizaram uma paralisação de quatro horas, entre 5h e 9h.
Em Paulínia, na região metropolitana de Campinas (SP), um grupo de cerca de 500 pessoas, segundo a rádio CBN, protestou em frente a Replan (Refinaria de Paulínia), no ato organizado pela Sindicato dos Petroleiros Unificados. A unidade é a maior em quantidade de refino de petróleo da Petrobras. Na capital paulista, a concentração dos manifestantes teve no Masp teve início por volta das 13h30.
Em Araucária (PR), na região metropolitana de Curitiba, cerca de 200 representantes do Sindicato dos Petroleiros de Curitiba (Sindipetro) protestaram em frente à entrada principal da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar).
O ato marcado para às 15h em São Luís, que consistirá em uma passeata com saída da praça João Lisboa, contou com uma panfletagem pela manhã, na praça Deodoro.
Em Fortaleza, a concentração dos manifestantes se deu na praça da Imprensa, no bairro Aldeota, e teve início por volta das 8h. Segundo a CUT, cerca de mil pessoas participam do protesto. A PM, por sua vez. estimou em 400 o número de manifestantes.
No Recife, cerca de 1.500 manifestantes, de acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), realizaram uma passeata, que saiu da rua do Hospício, ao lado parque 13 de Maio, próximo à Câmara de Vereadores, com destino à praça da Independência. Para a CUT, o número de participantes foi de 3.000. O ato encerrou-se às 12h
Em Maceió, a manifestação organizada pela CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e pela CUT teve concentração na Praça Sinimbu, no centro da cidade. Segundo a Polícia Militar, cerca de 1.000 participam do ato, encerrado na praça Dom Pedro 2º, no centro, em frente à Assembleia Legislativa, às 13h.
Em Salvador, a mobilização teve início por volta das 7h, quando manifestantes se reuniram em frente à sede da Petrobras, no bairro de Itaigara. Em seguida, uma passeata percorreu as ruas do bairro, retornando ao local de concentração às 9h30. O ex-presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, esteve presente no ato, que contou com a participação de cerca de 800 pessoas, segundo a Polícia Militar, e foi encerrado por volta das 11h.
Em Campo Grande, cerca de 4.000 pessoas participaram do evento, segundo a CUT. A Polícia Militar, por sua vez, afirmou tratar-se de 1.800 manifestantes. Os manifestantes caminharam pelo centro da cidade e encerraram o ato na praça do Rádio Clube por volta das 11h30, no horário local (12h30, no horário de Brasília).
Em Goiânia, o protesto foi realizado na praça Cívica, no centro da cidade. De acordo com os organizadores, cerca de 300 pessoas participam do ato, mesmo número estimado pela Polícia Militar. A manifestação teve início às 10h e encerrou-se por volta das 12h20.
Em Macapá, cerca de 100 pessoas, de acordo com a CUT, concentraram-se na Praça da Bandeira, no região central da cidade. A PM estimou em 60 o número de manifestantes. A caminhada que seria realizada até o Parque do Forte foi cancelado por conta da chuva. O ato encerrou-se por volta das 13h.
Em Cuiabá, uma passeata foi realizada pele centro da cidade. De acordo com a Polícia Militar, 350 pessoas participaram do ato, encerrado no início da tarde,
Até as 15h, não foram registrados incidentes nas manifestações.
Se você tem informações sobre os protestos realizados nesta sexta (13), envie para o UOL o seu relato em texto, foto ou vídeo via Whatsapp (11) 97500-1925.
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