Dilma diz que condução de Lula pela PF foi "desnecessária"
A presidente Dilma Rousseff (PT) criticou a operação da Polícia Federal desta sexta-feira (4) que resultou na condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por meio de nota, a presidente classificou a medida como "desnecessária" e criticou a ocorrência de vazamentos ilegais e "prejulgamentos" que, segundo ela, "não contribuem para a busca da verdade".
Segundo a nota, a presidente Dilma diz estar inconformada com a forma como o ex-presidente Lula foi tratado.
“Por isso, manifesto meu integral inconformismo com o fato de um ex-presidente da República que, por várias vezes, compareceu voluntariamente para prestar esclarecimentos perante às autoridades competentes, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar um depoimento”, disse a presidente.
Ainda de acordo com a nota, a presidente disse que é necessário “que as investigações prossigam, para a final punição de quem deve ser punido”, mas criticou o que classificou como ambiente de “prejulgamentos”.
“Vazamentos ilegais, prejulgamentos antes do exercício do contraditório e da ampla defesa, não contribuem para a busca da verdade, mas apenas servem para animar a intolerância e retóricas antidemocráticas”, diz a nota.
Nesta sexta-feira, o presidente Lula foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para prestar depoimento como parte das investigações da Operação Lava Jato.
De acordo com procuradores do MPF (Ministério Público Federal), há indícios de que o ex-presidente Lula, por meio da empresa Lils e do Instituto Lula, receberam até R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas no esquema de corrupção apurado pela Operação Lava Jato. Ainda segundo os procuradores, há evidências de que o dinheiro recebido pela Lils e pelo Instituto Lula havia sido desviado da Petrobras.
Os procuradores também apontaram que o ex-presidente e seus familiares receberam “vantagens indevidas” de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato. Entre essas vantagens estariam as obras realizadas em um apartamento tríplex na cidade do Guarujá (SP) e em um sítio localizado em Atibaia (SP).
O ex-presidente nega as irregularidades. Após prestar depoimento à PF, Lula foi à sede do PT em São Paulo onde fez um pronunciamento no qual criticou a atuação da PF e do MPF e disse não temer a prisão. "Não devo e não temo", disse o presidente.
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