Topo

Líder do MBL esnoba votação no Senado e volta para SP: "está fácil demais"

Renan Antônio Ferreira dos Santos é um dos três coordenadores nacionais do MBL - Eduardo Knapp/Folhapress
Renan Antônio Ferreira dos Santos é um dos três coordenadores nacionais do MBL Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

11/05/2016 22h11

Após ser um dos fundadores do MBL (Movimento Brasil Livre) e se transformar numa das principais vozes de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), Renan Santos “esnobou” a sessão do Senado que vota a admissibilidade do processo de impeachment contra a petista nesta quarta-feira (11) e que deverá resultar no afastamento de Dilma por até 180 dias. Em vez de acompanhar a sessão pessoalmente até o final, Renan foi a Brasília, assistiu a parte da sessão e depois voltou para São Paulo. “Está fácil demais. Nem para fazerem um suspense”, disse.

Renan é um dos três coordenadores nacionais do MBL. No dia 17 de abril, quando a Câmara dos Deputados autorizou a abertura de processo de impeachment contra Dilma, os principais líderes do MBL assistiram à sessão até o final portando, inclusive, crachás fornecidos por parlamentares de oposição de forma irregular

Desta vez, porém, apenas Renan e Rubens Nunes foram a Brasília para assistir a sessão. No entanto, a demora nos discursos dos senadores e o protocolo a ser seguido pelo Senado fizeram com que a dupla retornasse a São Paulo. A sessão, que começou por volta das 9h da manhã, está prevista para durar pelo menos 20 horas e terminar apenas na madrugada da quinta-feira (12).

Honestamente, a sessão está muito chata. Os discursos são muito longos, mas é a fórmula adotada. Já temos a nossa contagem e fomos assistindo. Quando vimos que as declarações positivas (ao impeachment) foram se confirmando, pensamos: ‘Não temos mais nada para fazer aqui’'

Renan Santos, coordenador do MBL

Renan disse que o MBL não deverá promover nenhum evento para comemorar o provável afastamento da presidente Dilma. “O Brasil está tão quebrado que não há clima para isso”, afirmou.

A sessão desta quarta-feira deverá aprovar a admissibilidade do processo de impeachment contra Dilma. Para que ela seja afastada, é preciso que pelo menos 41 senadores votem favoravelmente à abertura do processo. Se a admissibilidade for aprovada, Dilma deverá ser notificada sobre seu afastamento nesta quinta-feira e ficará até 180 dias afastada.

Neste período, o Senado, comandado pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, irá julgar o caso. Se for considerada culpada, Dilma será afastada permanentemente e deverá ficar inelegível por até oito anos. Se for considerada inocente, Dilma retorna à Presidência e o processo é arquivado. 

Saiba a opinião de líder pró-impeachment sobre outros escândalos políticos

UOL Notícias