Aliado de Cunha pede para trocar cassação por suspensão de mandato por 3 meses
O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), que tem atuado em defesa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética, apresentou nesta terça-feira (7) um voto em separado à comissão no qual rejeita a perda de mandato do peemedebista e pede que ele seja punido apenas com a suspensão do exercício do mandato por três meses.
Atualmente Cunha já está suspenso do mandato, por tempo indeterminado, a partir de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que entendeu que ele usava o cargo de deputado e de presidente da Câmara para interferir nas investigações contra ele na Justiça e no Conselho de Ética. Cunha nega essa acusação.
O voto em separado, na prática, vale como uma manifestação em separado do deputado e não tem efeitos práticos. A proposta de Bacelar não será votada pelo Conselho de Ética.
Nesta terça-feira, a comissão se reuniu para votar o parecer do relator, Marcos Rogério (DEM-RO), que pediu a cassação do deputado. A reunião começou às 9h37 da manhã e já dura mais de quatro horas.
O parecer a favor da cassação acusa Cunha de ter omitido a existência de contas na Suíça que teriam sido usadas para o recebimento de propina ligada ao esquema de corrupção na Petrobras. Rogério também afirma que Cunha mentiu à Câmara não somente quando negou ter contas no exterior, mas também quando afirmou não ter recebido propina ligada ao esquema.
À CPI da Petrobras, em março de 2015, Cunha afirmou: "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu imposto de renda; e não recebi qualquer vantagem ilícita ou qualquer vantagem com relação a qualquer natureza vinda desse processo [do petrolão]", disse.
O peemedebista nega as acusações. Ele diz que não há provas de seu envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras e diz que as contas na Suíça na verdade são trusts, um tipo de investimento que não precisaria ser declarado à Receita Federal.
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