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'Vamos deixar a poeira baixar', diz Renan após decisão do STF

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deixa o seu gabinete após acompanhar sessão do STF - Adriano Machado/Reuters
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deixa o seu gabinete após acompanhar sessão do STF Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

07/12/2016 20h07Atualizada em 07/12/2016 22h27

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), desmarcou a sessão extraordinária convocada para a noite desta quarta-feira (7) e remarcou para amanhã, às 10h. "Vamos deixar a poeira baixar", disse Renan aos presentes, segundo relatos.

Reunido com integrantes de vários partidos no gabinete da presidência do Senado na tarde de hoje, o senador demonstrou "alívio" e um semblante "confiante", após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de mantê-lo no cargo.

Logo depois que foi decretado o fim do julgamento, o peemedebista foi cumprimentado por vários senadores que acompanharam com ele, pela televisão, a sessão plenária do STF.

Seguindo a linha para apaziguar o clima de confronto estabelecido com o Supremo, o senador não fez pronunciamentos sobre a decisão do STF à imprensa. Ele deve fazer um discurso sobre o resultado na abertura da sessão de amanhã.

A presidência do Senado divulgou nota, na qual afirma que "recebe e aplaude a patriótica decisão do Supremo Tribunal Federal". "A confiança na Justiça brasileira e na separação dos poderes continua inabalada. O que passou não volta mais. Ultrapassamos, todos nós, Legislativo, Executivo e Judiciário, outra etapa da democracia com equilíbrio, responsabilidade e determinação para conquista de melhores dias para sociedade brasileira".

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Decisão do STF

A maioria dos ministros do STF decidiu a favor de manter Renan Calheiros na presidência do Senado, com a ressalva de que ele fique impedido de substituir Michel Temer como presidente da República.

Votaram desta forma seis dos nove ministros que participaram do julgamento, contra três que preferiam a saída imediata de Renan. Todos os votantes concordaram que Renan fica proibido de substituir Temer.

O Supremo julgou a situação de Renan após o ministro Marco Aurélio Mello ter determinado, em decisão liminar (provisória), na segunda-feira (5), pelo seu afastamento do cargo.

A questão jurídica analisada era se um réu em processo criminal no Supremo pode ocupar cargo na linha de substituição do presidente da República. Renan é réu por peculato (desvio de dinheiro público), por decisão do próprio STF no último dia 1º. (Com Estadão Conteúdo)