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CCJ recebe abaixo-assinado contra indicação de Moraes ao STF

Senadores e deputados da oposição, ao lado de estudantes da Faculdade de Direito da USP, participam da entrega de abaixo-assinado contra a indicação de Moraes ao STF - Pedro Ladeira/Folhapress
Senadores e deputados da oposição, ao lado de estudantes da Faculdade de Direito da USP, participam da entrega de abaixo-assinado contra a indicação de Moraes ao STF Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

20/02/2017 16h01

Um grupo de deputados e senadores e membros do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), entregou nesta segunda-feira (20) à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado um abaixo-assinado contra a indicação, feita pelo presidente Michel Temer, de Alexandre de Moraes para uma cadeira de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

O centro acadêmico diz ter angariado o apoio de mais de 270 mil pessoas contra a indicação, a partir de abaixo-assinado disponível na internet.

A presidente do XI de Agosto, Paula Masulk, criticou a gestão de Moraes à frente da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Para Paula, ele "mostrou desrespeito aos direitos humanos" e foi "omisso" diante da crise nos presídios quando era ministro da Justiça. A presidente do Centro Acadêmico afirmou ainda que o indicado por Temer não possui o "notório saber jurídico" exigido para o cargo.

O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), criticou a ligação política de Moraes com o atual governo e com o PSDB, partido ao qual foi filiado.

"A aprovação do nome de Alexandre de Moraes é um elemento com o qual não podemos concordar, em termos de blindagem do governo no STF", disse o deputado.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu que o abaixo-assinado seja anexado ao processo na CCJ sobre a indicação de Moraes.

Também nesta segunda-feira, às 18h, haverá um ato de juristas contra a nomeação de Alexandre de Moraes no próprio Largo São Francisco, sede da Faculdade de Direito da USP, em São Paulo. Atualmente licenciado do Ministério da Justiça, ele já foi professor da USP.