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Fachin homologa acordo de delação de donos da JBS que cita Temer e Aécio

Segundo delação, Temer deu aval para a JBS "comprar" o silêncio de Cunha - Alan Marques/Folhapress
Segundo delação, Temer deu aval para a JBS "comprar" o silêncio de Cunha Imagem: Alan Marques/Folhapress

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

18/05/2017 12h38

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin já homologou o acordo de delação premiada dos donos da JBS. A homologação dá validade jurídica ao acordo de colaboração e permite o aprofundamento das investigações, com possíveis pedidos de inquérito feitos pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Parte do teor do acordo foi publicada pelo jornal “O Globo” esta quarta-feira (17), e dá conta de que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, teria gravado uma conversa com o presidente Michel Temer (PMDB) na qual o peemedebista daria aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A delação premiada da JBS também levantou suspeitas contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de receber R$ 2 milhões do grupo empresarial.

Aécio foi proibido de exercer o mandato por decisão de Fachin, atendendo um pedido da PGR. Oficialmente, ele permanece com o mandato de senador.

A notícia sobre o acordo de delação provocou forte reação no mundo político. Partidos de oposição pediram a renúncia de Temer e um pedido de impeachment foi apresentado pela Rede nesta quinta-feira (18).

Além do afastamento de Aécio das funções, Fachin determinou uma série de diligências investigativas pedidas pela PGR.
 
É esperado que, após as diligências serem cumpridas, o ministro decida sobre se retira ou não o sigilo sobre o conteúdo da delação da JBS.

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