Rejeição de denúncia contra Temer na CCJ é "vitória da democracia", diz porta-voz de Temer
O porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, afirmou na noite desta quinta-feira (13) que a rejeição do relatório favorável ao prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara é uma “vitória da democracia e do Direito”.
- Veja como cada deputado votou no parecer favorável à denúncia
- Veja como cada deputado votou no parecer contrário a denúncia
Ainda segundo Parola, Michel Temer recebeu a notícia com a “tranquilidade de quem confia nas instituições brasileiras”.
“O resultado hoje alcançado deixa claro que é sólida a maioria dos que defendem a democracia, os direitos constitucionais e o Estado de Direito. A vitória é da democracia e do direito”, declarou Parola.
O porta-voz ainda ressaltou que o resultado na CCJ teve maioria com mais de 60% dos votos contra o parecer do relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ). Ao fim, Parola disse que Temer “congratula-se” com cada parlamentar que, “com coragem cívica, deram seu voto em defesa da Constituição e da Democracia”.
Com intensas manobras orientadas pelo governo para trocar integrantes, a CCJ rejeitou, por 40 votos a 25 (e 1 abstenção), o parecer de Zveiter, que era a favor da autorização de que a denúncia por corrupção contra Temer possa ser julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), se absteve na votação, como uma forma de preservar sua isenção na condução do processo.
Segundo um interlocutor do Planalto, o resultado foi recebido com alegria, embora já fosse esperado. “As últimas informações já sinalizavam que o resultado seria positivo. A expectativa é que teríamos certa folga”, disse.
O foco do Planalto agora, informou a fonte, é na votação da denúncia em plenário, que ainda tem data incerta. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que discutirá a questão com líderes partidários nesta quinta. Se houver acordo, a previsão é de que a denúncia seja votada na próxima segunda (17). Se não houver, ficará somente para agosto, na volta do recesso, que começa na terça (18).
O Planalto sabe que, mesmo que tenha saído vitorioso na CCJ, terá contra si os votos da oposição e de deputados membros da comissão substituídos por outros nomes mais palatáveis ao governo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.