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Temer confirma reforma ministerial ainda em 2017, diz Eunício

23.out.2017 -  O presidente Michel Temer em cerimônia no Planalto - Walter Rosa/FramePhoto/Estadão Conteúdo
23.out.2017 - O presidente Michel Temer em cerimônia no Planalto Imagem: Walter Rosa/FramePhoto/Estadão Conteúdo

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

13/11/2017 17h29Atualizada em 13/11/2017 18h06

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta segunda-feira (13) que o presidente da República, Michel Temer (PMDB), confirmou a ele que promoverá uma reforma ministerial ainda em 2017.

“Reforma é uma reforma administrativa. Só tem uma pessoa que pode fazer a reforma, que é o presidente da República. Ele me falou ontem [dia 12] que pretende fazer uma mudança administrativa, que depois conversaria comigo. Ainda não tinha prazo nem definição, mas que seria esse ano”, declarou.

Poucos minutos depois, o tucano Bruno Araújo (Cidades) entregou sua carta de demissão a Temer.

Embora Michel Temer prefira minimizar a necessidade da reforma ministerial por causa da provável saída do PSDB do governo e da pressão dos partidos do centrão por mais espaço na Esplanada, trocas nas pastas já são dadas como certas até o final de novembro por assessores do Planalto.

O chamado centrão abrange deputados federais de siglas como PP, PR, PSC, Pros, PTB, PSD, PRB, Avante, PSL e Solidariedade, e que ajudaram a arquivar na Câmara a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente e os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

No quebra-cabeça do troca-troca, o Planalto levará em conta quais ministros poderão ser exonerados sem que sejam “ameaçados” pelo fim do foro privilegiado. Ou seja, titulares de pastas que não teriam problema em sair do cargo e perder o benefício por serem citados em algum escândalo de corrupção.

A expectativa é que a reforma ministerial saia até o fim do mês. O prazo leva em consideração o tempo de conversas para tentar garantir o apoio do centrão à reforma da Previdência – empacada, mas pronta para ser votada na Câmara – e o desembarque do PSDB do Planalto, que pode acontecer antes da convenção nacional do partido, marcada para 9 de dezembro.

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