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Vereador do PSOL-RJ diz foi provocado com dança homofóbica; opositor nega

Hanrrikson de Andrade e Luis Kawaguti

Do UOL, no Rio

12/07/2018 18h34Atualizada em 12/07/2018 20h07

O vereador David Miranda (PSOL) afirmou que o colega Otoni de Paula (PSC) fez uma dança homofóbica na Câmara do Rio de Janeiro para provocá-lo. O ato ocorreu durante sessão extraordinária nesta quinta-feira (12) na qual os vereadores discutiram a admissibilidade de pedidos de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB).

Momentos antes do gesto de Otoni, Miranda havia chamado o vereador do PSC de "hipócrita". Otoni havia feito uma provocação direcionada a manifestantes que acompanhavam o debate nas galerias da Câmara --ele fez o gesto de dar uma “banana” para um grupo crítico a Crivella.

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Miranda então pediu a palavra para criticar o colega. “É só para apontar a hipocrisia do nobre vereador Otoni de Paula, que pede às galerias para ficarem calmas e depois ele sai andando aqui fazendo gesto para a galeria. Você é um hipócrita!”, afirmou.

Olhando para Miranda, Otoni fez a dança considerada de caráter homofóbica pelo psolista. Em seu website, ele se apresenta como “o primeiro vereador LGBT da história do Rio de Janeiro”.

Miranda disse que irá à Justiça contra o colega e também afirmou que pretende protocolar um pedido de investigação no Conselho de Ética da Câmara.

A discussão na Câmara acabou nesta quinta-feira com a rejeição dos pedidos de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella. Ele havia sido criticado por supostamente usar de sua posição para favorecer evangélicos, religião em que ele é bispo licenciado.

Outro lado

À reportagem, Otoni de Paula negou que sua comemoração tenha sido preconceituosa.

"Essa minha dancinha não é homofóbica", disse ele, reproduzindo o gesto. "Eu estava dizendo para o plenário que eu não tenho medo. Que eu não fico com medo, só isso. Mas quem já tem preconceito na cabeça, tudo é preconceito. A melhor coisa do mundo é um homossexual que se dá o respeito, que se valoriza. Sou gay e pronto. Agora ficar...", afirmou, sem completar a frase.

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