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Bolsonaro vai ao banco e encontra protesto em porta de condomínio na volta

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/11/2018 15h45

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), foi ao banco na tarde desta sexta-feira (9) e, ao voltar para casa, encontrou um protesto de funcionários terceirizados do Cenadi (Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos). O ato ocorre na porta do condomínio onde o político mora com a família, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Mesmo sob chuva na capital fluminense, Bolsonaro deixou sua residência em comboio formado por quatro carros, com escolta da Polícia Federal, para ir a uma agência bancária do Banco do Brasil. A assessoria do pesselista não relatou o motivo do deslocamento.

Essa não é a primeira vez que Bolsonaro sai de casa com escolta para ir ao banco. Durante a campanha, no período em que ainda se recuperava das cirurgias realizadas devido ao atentado a faca sofrido em 6 de setembro, o então presidenciável fez o mesmo.

Os cerca de 30 manifestantes que se reúnem em frente à portaria de Bolsonaro iniciaram a mobilização logo após a saída do presidente. Quando ele retornou ao condomínio, policiais federais chegaram a ligar sirenes e acelerar os veículos. Mas a entrada na propriedade se deu sem confusão.

De acordo com um dos líderes do grupo, identificado apenas como Dilson, os trabalhadores reclamam que a nova gestora da Cenadi, vencedora da licitação realizada pelo Ministério da Saúde, estaria cogitando transferir o órgão federal do Rio para São Paulo. Ele afirma que pelo menos 200 trabalhadores seriam demitidos caso a mudança se concretize.

A Cenadi é responsável pelo armazenamento de insumos estratégicos do governo, de onde saem, por exemplo, vacinas, kits imunológicos, entre outros itens de controle e tratamento imunobiológico.

Visita de embaixadores

Na manhã desta sexta, Bolsonaro se reuniu com o embaixador da Argentina, Carlos Magariños, e um representante da embaixada da Alemanha, segundo informações divulgadas pela assessoria do político. Inicialmente, a assessoria do presidente divulgou que visita seria dos embaixadores da Alemanha e da Argentina. O corpo diplomático dos países, no entanto, ainda não confirmou a informação.

Os encontros na residência de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, ocorrem em meio a atritos no exterior gerados por declarações do presidente é de membros da cúpula do novo governo. Os encontros duraram de 40 minutos a uma hora, e os representantes tanto da Alemanha quanto da Argentina deixaram o local sem falar com a imprensa.

Bolsonaro teve nesta manhã os primeiros compromissos depois de voltar de Brasília nesta quinta (8). O presidente passou a semana na capital federal, onde participou de uma solenidade em homenagem aos 30 anos da Constituição e de reuniões com autoridades, entre as quais o presidente Michel Temer (MDB) e o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli.

Bolsonaro deve voltar a Brasília na terça-feira (13) para um encontro com governadores eleitos. O presidente também deve acompanhar os trabalhos da equipe de transição, que está instalada no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).