"Não vou decepcionar ninguém", diz filho de Bolsonaro sobre Coaf
O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) voltou a se manifestar, na manhã desta quinta-feira (13), sobre o fato de seu ex-assessor, o policial militar Fabrício Queiroz, ter movimentação bancária atípica de R$ 1,2 milhão apontada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). O parlamentar afirmou não ter feito nada de errado e disse que não vai decepcionar ninguém. "Se Deus quiser, tudo será esclarecido em breve", escreveu em rede social.
O comunicado foi divulgado horas depois de seu pai, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmar na noite desta quarta (12) que não está sendo investigado, mas que irá pagar a conta "se algo estiver errado" no caso. "Eu deixo bem claro que eu não sou investigado, meu filho Flávio não é investigado, e pelo que consta esse ex-assessor será ouvido pela Justiça", disse Bolsonaro em uma transmissão ao vivo em suas redes sociais.
"Agora, se algo estiver errado -que seja comigo, com meu filho, com o Queiroz [o ex-assessor Fabrício José de Queiroz] -, que paguemos a conta deste erro, porque não podemos comungar com o erro de ninguém", completou o presidente eleito.
Flávio reproduziu uma matéria jornalística sobre as declarações do pai para dizer que, "mantendo nossa coerência de sempre, não existe passar a mão na cabeça de quem errou". Em seguida, disse que não pode se pronunciar sobre algo que não sabe o que é.
O filho do presidente eleito reclamou ainda do tratamento que o caso vem recebendo da imprensa desde que o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou o relatório na última quinta (6). "A mídia está fazendo uma força descomunal para desconstruir minha reputação e tentar atingir Jair Bolsonaro", escreveu.
Até o momento, o ex-assessor não se manifestou publicamente sobre as suspeitas. Flávio, que já declarou confiança em Queiroz e disse que ele lhe relatou "uma história bastante plausível", afirmou nesta quinta que o PM "tomou a decisão de não falar com a imprensa e somente falar ao Ministério Público".
"Isso é ruim para mim, mas não tenho como obrigá-lo", disse o parlamentar. "Fico angustiado, querendo que tudo se esclareça logo e não paire mais nenhuma dúvida sobre minha idoneidade, pois garanto a todos que não dei e nunca darei motivos para isso", acrescentou.
Na nota, o deputado estadual disse ainda que "há suspeitas nas movimentações financeiras de assessores de vários partidos, incluindo do PSOL", mas reclamou que a mídia só ataca ele. Ocorre que a inclusão do nome do deputado Wanderson Nogueira no relatório decorreu de um erro do Coaf. A assessora inicialmente apontada como integrante do gabinete dele trabalha para a deputada Márcia Jeovani (DEM).
Leia a nota de Flávio Bolsonaro na íntegra:
"Mantendo nossa coerência de sempre, não existe passar a mão na cabeça de quem errou.
NÃO FIZ NADA DE ERRADO, sou o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor.
A mídia está fazendo uma força descomunal para desconstruir minha reputação e tentar atingir Jair Bolsonaro.
Basta ver como abordam a movimentação na conta de meu ex-assessor, como se ele tivesse recebido R$ 1,2 milhões, quando na verdade foram R$ 600 mil que entraram mais R$ 600 mil que saíram de sua conta. Ainda assim um valor alto e que deve ser esclarecido por ele, que tomou a decisão de não falar com a imprensa e somente falar ao Ministério Público. Isso é ruim pra mim, mas não tenho como obrigá-lo.
Há suspeitas nas movimentações financeiras de assessores de vários partidos, incluindo do PSOL, mas a mídia só ataca a mim.
Fico angustiado, querendo que tudo se esclareça logo e não paire mais nenhuma dúvida sobre minha idoneidade, pois garanto a todos que não dei e nunca darei motivos para isso.
Não vou decepcionar ninguém, confiem em mim. Se Deus quiser, tudo será esclarecido em breve.
FLÁVIO BOLSONARO"
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