Novo chefe do Ibama assinou manifesto pró-Bolsonaro e com ataques ao PT
O novo presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o advogado Eduardo Fortunato Bim, foi um dos juristas signatários de um manifesto lançado durante a campanha presidencial em favor de Jair Bolsonaro (PSL) e com duras críticas ao PT.
O documento, com nomes como o da agora deputada estadual Janaina Paschoal (PSL) e o do jurista Ives Gandra Martins, defendeu o nome do capitão reformado do Exército como "compromisso com a democracia" e com "a estabilidade das instituições". Bolsonaro venceu Fernando Haddad (PT), cuja candidatura havia sido defendida por outro grupo de juristas na campanha, no segundo turno da disputa.
Sobre o PT, partido das gestões Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, o texto o menciona como responsável "pela pior crise econômica" do país e pelo "maior esquema de corrupção de que se tem notícia na história da humanidade". O suposto "favorecimento a aliados estrangeiros ideologicamente alinhados com o projeto totalitário do partido" é outra crítica que o manifesto endossado por Bim faz aos petistas.
Atualmente procurador da AGU (Advocacia Geral da União) no Ibama, Bim teve o nome confirmado para o órgão ainda em dezembro pelo então indicado e agora ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.
A ex-presidente do Ibama, Suely Araújo, antecipou a saída do cargo esta semana depois de Bolsonaro e Salles questionarem um contrato de locação de veículos assinado pelo instituto. Suely disse que a acusação não tem fundamento e "evidencia completo desconhecimento da magnitude" do órgão e de suas funções. Ela estava no cargo desde junho de 2016.
Membro da Câmara Nacional de Uniformização de Entendimentos Consultivos da Controladoria Gera da União e da Comissão Permanente de Sustentabilidade (CPS), Bim é doutor em direito pela USP (Universidade de São Paulo), especialista em Direito Ambiental pela Unimep (Universidade Metodista) e em direito tributário pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica).
O novo presidente do Ibama já advogou no departamento jurídico da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e na Secretaria de Assuntos Jurídicos de Campinas, no interior de São Paulo. Ele foi escolhido por Salles, o qual afirmou que a integração do Ibama com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que chegou a ser analisada pela equipe de transição do governo, estaria descartada.
A nomeação do novo presidente do Ibama está publicada no Diário Oficial da União (DOU) em edição extra desta quarta-feira (9). O documento também divulga a nomeação de Sérgio Luiz Cury Carazza como secretário executivo do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves.
* Com Estadão Conteúdo
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