Foro no STF não é escolha minha, diz Flávio Bolsonaro a TV
Um dia depois de conseguir suspender, no STF (Supremo Tribunal Federal), a investigação sobre o ex-assessor Fabrício Queiroz, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse que é contra o foro privilegiado, mas que não escolheu ser julgado no Supremo. A declaração foi dada à Record TV em entrevista exibida na noite desta sexta-feira (18).
"Eu sou contra o foro, mas não é uma escolha minha. O foro é por prerrogativa de função", disse.
Segundo Flávio, o recurso ao Supremo teve como objetivo apenas "cumprir a obrigação legal" sobre foro, no sentido de que cabe à Corte analisar caso a caso qual é a competência de processos envolvendo deputados e senadores.
O senador eleito afirmou não ter "nada para esconder de ninguém" e que vai "onde tiver que ir para esclarecer qualquer coisa".
Ontem, o ministro Luiz Fux decidiu que, como Flávio Bolsonaro já foi diplomado senador, cabe ao STF decidir se o processo corre no tribunal ou não. O entendimento atual do Supremo é de que devem ser julgados na Corte apenas deputados federais e senadores suspeitos de atos praticados durante o mandato e por crimes que tenham relação com o cargo.
A análise sobre onde o caso será julgado ficará a cargo do ministro Marco Aurélio de Mello, relator do recurso. Fux tomou a decisão de ontem como plantonista do recesso do STF, que termina no dia 1º.
Investigação "oculta" do MP
Além de questionar a instância da investigação, a defesa de Flávio Bolsonaro afirma que houve quebra ilegal do sigilo bancário do senador eleito na troca de informações entre o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), e pede a anulação das provas.
O MP-RJ nega que tenha quebrado o sigilo bancário de Flávio e que o político seja investigado pelo órgão.
Flávio, por sua vez, afirmou à Record TV que o MP fluminense estava investigando-o "ocultamente desde meados do ano passado".
Questionado sobre o fato de Queiroz ainda não ter prestado esclarecimentos sobre suas movimentações atípicas -- que somaram R$ 1,2 milhão em um ano -- o senador disse não ter culpa "se o cara teve um câncer e teve que tratar isso de forma emergencial."
"Quanto mais ele me demora, mais ele me prejudica", afirmou.
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