Eduardo Bolsonaro nega desavenças com Mourão e outros generais do governo
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), negou conflitos dele e dos irmãos com o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), e com outros militares que integram o governo.
"A maioria disso [das críticas sobre as interferências dos filhos] é inventado. Tudo está na esfera de cogitação, intriga. Às vezes, eu vejo uma notinha: ?Filhos de Bolsonaro são rechaçados por general?. Aí, vou falar com eles (...) e está tudo na perfeita normalidade. Mas tentam apresentar à sociedade que a gente está em conflito, o que é uma mentira", justifica.
Eduardo definiu Mourão, especificamente, como "bom vice-presidente" e "extremamente inteligente, honesto e leal", mas afirmou que lhe "falta só um pouquinho de traquejo político".
Nas últimas semanas, o vice-presidente tem dado declarações polêmicas em relação à linha política do grupo de Jair Bolsonaro. Ontem, ele se contrapôs a uma declaração do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e afirmou que "Chico Mendes faz parte da história do Brasil na defesa do meio ambiente". Salles havia questionado a importância do ativista e seringueiro. "Que diferença faz quem é Chico Mendes neste momento?"
No início de fevereiro, Mourão afirmou ao jornal "O Globo" que a decisão de abortar deve ser da mulher e, em 29 de janeiro, quando o irmão de Lula morreu, ele defendeu que a ida do ex-presidente ao enterro era "uma questão humanitária".
À coluna de Mônica Bergamo, pouco antes da posse, militares afirmaram que os filhos de Bolsonaro "precisam amadurecer". A análise ocorreu após Eduardo ter dito que parlamentares do PSL, antes das eleições, eram "favelados" que só conseguiram votos por causa do pai.
Mais presídios e pena de morte
Eduardo Bolsonaro repetiu seu posicionamento a favor da pena de morte, ponderando sobre sua impossibilidade por conta de impedimento de cláusula pétrea da Constituição.
Sobre o problema de segurança pública, ele defendeu que quem for reincidente "tem de morrer na prisão".
Ao ser questionado sobre como resolver o problema das superlotações dos presídios, a proposta do parlamentar foi construir mais presídios e seguir o modelo de encarceramento dos Estados Unidos, que tem a maior população carcerária do mundo.
"Constrói no meio da Amazônia, na Ilha Grande (RJ). No Brasil, há muitos lugares isolados que dá para construir, sim", enumerou o deputado.
Veja abaixo a entrevista na íntegra:
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.