Com vídeo, Bolsonaro incita ódio a LGBTs, diz bloco alvo de polêmica
Alçados ao centro da polêmica deste Carnaval desde que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) compartilhou ontem um vídeo em que um homem urina no outro, os organizadores do bloco Blocu, responsáveis pelo evento que aconteceu no centro de São Paulo e onde a cena foi registrada, disseram que as imagens estão sendo usadas para promover intolerância e "incitar o ódio à comunidade LGBT+".
"Lamentamos que o atual presidente do Brasil tenha escolhido, de forma irresponsável e indecorosa, um fato isolado sobre o Carnaval de 2019 para postar em suas redes sociais", disseram os organizadores em nota divulgada hoje.
Junto às imagens veiculadas em seu Twitter ontem, o presidente da República fez publicação dizendo que "é isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro".
Segundo a organização do bloco, o post do presidente mostra uma "tentativa de incitar o ódio a comunidade LGBT+ e, acima de tudo desmerecer a voz das ruas na maior e mais importante festa brasileira, o Carnaval, uma manifestação política por natureza e vitrine cultural da primeira economia da América do Sul". Ainda de acordo com a produção, "a organização e os artistas do evento não são responsáveis pelas ações de cidadãos em local público".
Mais tarde, após a polêmica ganhar a internet com o aumento das buscas por "golden shower", Bolsonaro perguntou aos seguidores da rede social o que significa o termo. Hashtags como "#goldenshowerpresident", #"VergonhaDessePresidente" e "#BolsonaroTemRazão" ficaram hoje entre as mais citadas do Twitter no Brasil.
Usuários do Twitter defenderam que o tuíte fosse denunciado por conteúdo impróprio. Segundo as regras de uso da rede social, a publicação de "conteúdo adulto criado ou compartilhado sem o consentimento das pessoas retratadas" está sujeita a remoção, e pode ter a conta bloqueada temporariamente. Por volta das 18h de hoje, a gravação já tinha quase 5 milhões de visualizações.
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