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Após almoço com Guedes, Rodrigo Maia ironiza articulação política de Onyx

Rodrigo Maia recebeu Paulo Guedes em almoço em Brasília - Reprodução/Twitter
Rodrigo Maia recebeu Paulo Guedes em almoço em Brasília Imagem: Reprodução/Twitter

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

13/03/2019 17h49Atualizada em 13/03/2019 17h59

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ironizou a articulação política do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), em torno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência. Maia disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, "está indo muito bem na articulação" e "ocupou bem" o espaço de Onyx.

"E o ministro Paulo Guedes está indo muito bem, na Economia e na articulação política. Surpreendentemente bem na articulação política. O Onyx viajou três dias, e ele [Guedes] ocupou bem esse espaço. Não sei se é definitivo ou se é apenas por um prazo de três dias", disse ao chegar à Câmara hoje.

A declaração foi dada após almoço de Maia e outros líderes da Câmara com o ministro Guedes. O encontro teve participação do líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO).

Desde o início do governo, Jair Bolsonaro (PSL) não tem uma base formada na Câmara. Lideranças partidárias reclamam da falta de habilidade e poder de dois encarregados para essa função, Onyx e o líder de governo na Câmara, Major Vitor Hugo.

PEC do pacto federativo

Sobre outro tema vinculado às contas públicas, a PEC do pacto federativo, Maia disse que não vê problema se essa proposta tramitar junto à PEC da Previdência.

"É só tomar cuidado. Não vejo problema, só tem que avaliar quais são os impactos se tem alguma contaminação", disse. Ele disse que não sabe se os textos tramitarão juntos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse no domingo, que pretende enviar uma PEC para desvincular as receitas obrigatórias de estados. Esses são os gastos definidos em Constituição, que estabelece valores mínimos para serem gastos em Saúde e Educação, por exemplo.

Maia e Onyx são velhos desafetos na Câmara, apesar de ambos serem do DEM. Durante a campanha que culminou na reeleição de Maia à presidência da Câmara, Onyx (eleito parlamentar, mas licenciado para atuar como ministro) trabalhou para barrar o correligionário.

Rodrigo Maia foi reconduzido a mais dois anos no cargo máximo da Casa com 334 dos 513 votos possíveis.