Alvo de investigação pelo STF nega ameaça e diz que teve perfil clonado

O advogado Adriano Argolo foi um dos alvos da ação de busca e apreensão da PF (Polícia Federal) hoje. Ele teve a casa revirada pela equipe que investiga supostas ameaças feitas a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), mas alegou que teve a conta clonada e negou as suspeitas.
"Eu fui surpreendido porque a acusação diz que eu ameacei o STF, e isso nunca aconteceu. Eu faço críticas pontuais e políticas a posicionamentos de alguns ministros, mas nunca ameacei fisicamente o STF, como eles me mostraram algumas postagens", afirmou o advogado à TV Gazeta logo após a saída dos policiais de sua casa, no litoral norte de Maceió.
"As postagens que eles me mostraram não foram [feitas pela] minha pessoa, foram contas clonadas. Eu sou relativamente conhecido no Twitter, eu tenho cerca de 26 mil seguidores, mas nunca postei, até porque como advogado sei das consequências."
O advogado tem 34 mil postagens e 26,8 mil seguidores no Twitter. Quase diariamente posta notícias, opiniões e críticas a figuras públicas e veículos de comunicação. Nas últimas publicações do advogado, o UOL não encontrou postagens com ameaças.
Argolo é um jurista conhecido no estado. Já integrou o MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) e foi voz atuante contra políticos acusados de desvio de verbas em Alagoas, especialmente os deputados estaduais denunciados na operação Taturana.
"Eu nunca postei nada ameaçador a nenhum ministro do STF. A postagem diz que foi no dia 14 de novembro e não aparece o ano. Mas sempre aparece o ano, [por isso] é uma postagem absolutamente clonada, falsa, com relação a minha pessoa. Eu vou abrir a minha conta do Twitter e mostrar que no dia 14 de novembro, seja qual for o ano, nunca postei dizendo que ia dar um tiro nas costas do ministro Dias Toffoli", diz.
Argolo diz que suas postagens "incomodam" pessoas e que usa sua conta para se posicionar sobre assuntos relevantes do país. "Entraram na minha casa e verificaram tudo. Eu não tenho uma arma, nunca atirei na minha vida, não sei atirar, sou pacífico, sou contra o desarmamento, contra armas. Enfim, não encontraram nada de ilícito. Apenas levaram meu celular com acusações inverídicas e caluniosas contra a minha pessoa", finalizou.
A Polícia Federal em Alagoas foi procurada pela reportagem, mas não repassou nenhuma informação sobre a operação, que corre sob sigilo.
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